sábado 27 de junho de 2015 | 07:15
A Suprema Corte dos EUA aprovou ontem o casamento igualitário para todo o país. Nos próximos dias o Esquerda Diário irá publicar uma série de artigos sobre esta aprovação nos EUA, seus impactos e reflexões naquele país, no Brasil e em todo mundo. Também lançaremos um especial sobre os 46 anos da rebelião de Stonewall que foi um marco na luta LGBTT em todo o mundo.
Reproduzimos abaixo como uma primeira avaliação do evento histórico de ontem um post de Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP) e dirigente do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT).
"O nosso colorido deve ser pelos milhares de homossexuais, lésbicas, trans e travestis assassinados todos os dias no mundo inteiro. Pela liberdade sexual, por todas as formas de amor. Para que todos possam ter o direito, como qualquer heterossexual tem, de poder escolher se querem casar ou não. Para que possam responder “Casar? Não, obrigada” por sua própria decisão e não por uma imposição do Estado."
"Esse é um direito arrancado com muita luta no dia de hoje!"
"Mas a cor da Casa Branca, da presidência dos Estados Unidos e do seu Senado norte-americano só pode ser o vermelho do sangue que arrancam dos negros e negras que se levantaram em Ferguson, dos imigrantes mexicanos, dos povos do Oriente Médio, dos haitianos com a ocupação militar, e de tantos povos do mundo inteiro que sofrem com o espólio do imperialismo norte-americano. Não podemos cair na demagogia de Obama. Ainda assim, essa importante conquista – parcial, pois se trata ainda da lei e não da “vida” – ajuda a mostrar como o PT e seu “governo progressista” é covarde e atrelado ao cadáver dos reacionários pois sequer se posicionou abertamente pelos direitos civis, ao contrário, capitulou aos conservadores para se esconder atrás de uma “onda conservadora” intransponível. Se num país tão racista como os EUA foi possível essa conquista, o que não seria possível no Brasil se o petismo-lulismo fosse menos covarde e mais ’progressista’?"
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