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POESIA | Carteiro Poeta: Greve

Amarildo CaetanoCarteiro de Cotia - SP

sábado 17 de outubro de 2015 | 00:00

A greve é sempre grave
se a negociação entra em entrave
do oprimido é um grito, o que resta é o atrito
contra a social repressão, contra a nefasta mídia
contra tal opressão, sociedade de conflito
classe dominante, que atrasa a nação, que arrasa a nação
que não reparte o bolo nem o pão
querem combater a inflação
tirando do proletário o suado pão
diminuindo o consumo, punindo o trabalhador
assim o trabalhador não tem outro rumo, não tem outra arma
decreta a greve para horror dos monstros exploradores, que exploram com dores
da economia cheia de desencontros
do trabalhador é um arrojo
para fragmentar o arrocho
o arrocho do salário
fruto de salafrários
enquanto bancos tem grandes lucros
querem engana o trabalhador
chamando-o de colaborador
achando que ele não pensa e é xucro
que por trinta moedas trai
do trabalhador grana subtrai
com muita coragem se sobressai
digladiando contra as mentiras da mídia
de dia de noite e no sol de meio-dia
que mostra a verdade em cada canto da nação
em versos em prosas ou crônicas que saem do coração
porém o Brasil é grande
construído pelo operário, pelo agricultor
trabalhador que fez dele um gigante
através de um labor diário
gente negra, amarela e branca
batalhando em todos os flancos
que em uma luta franca
aos trancos e barrancos
no comércio, nas fábricas
nas escolas, nos campos, nas praças,
com um só intento, com um coração, mesmo com lástimas
soldados sem patentes, armados e bem valentes.

AMARILDO CAETANO
Carteiro de Cotia-SP




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