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PROFESSORES RIO GRANDE DO SUL | Carta aberta de um grupo dos trabalhadores grevistas do Instituto Paulo da Gama

Carta dos professores grevistas do Instituto Paulo Gama de Porto Alegre, em defesa da greve e convocando o ato estadual unificado no próximo dia 29.

domingo 24 de setembro de 2017 | Edição do dia

Nós trabalhadores em educação do RS, juntos aos trabalhadores dos correios somos as únicas categorias que estão em luta nesse momento no país.

Nossa greve não é só por causa do parcelamento é uma greve que transcende as questões econômicas, pois é uma luta política.

Uma luta entre a nossa categoria e um governo que não se importa, pois ataca visando destruir a educação pública do RS.

O governo Sartori e seus aliados quando atacam a educação, atacam toda a população gaúcha.

Estamos caminhando para o 22º parcelamento de salários, sem contar que já estamos há 3 anos com os salários congelados e com o décimo parcelado. Nas escolas do RS falta tudo, falta professor, falta funcionário, falta merenda e tantas outras coisas básicas para a educação.

A crise do RS não é de agora, mas aprofundou-se ainda mais de alguns anos para cá, porém o governo do estado jogando toda a crise nas nossas costas e em todo o conjunto dos servidores e dos serviços públicos.

Não podemos mais aceitar essa situação. Nossa greve é justa e tem a cada dia mais um amplo apoio da população gaúcha, por isso devemos fincar o pé e manter nossa luta.

O governo em audiência com o comando de greve já anunciou que nem os míseros 350,00 reais terá para nos pagar em outubro. Muitos colegas estão passando fome, sendo despejados de seus imóveis por atrasos de pagamentos e aluguel ou não tendo dinheiro nem para os remédios e transporte.

Não podemos voltar para escola nesse momento e nessas condições.

Num país mergulhado em escândalos de corrupção, onde juízes chamam LGBTs de doentes e ainda querem fazer com que trabalhemos até morrer, a nossa greve mostra o caminho para barrar os ataques contra os trabalhadores. Esse é o momento de chamarmos toda a comunidade escolar e o conjunto da população a lutar pela educação pública, porque nossa luta é a de todos os trabalhadores.

A nossa grande luta é uma janela de sopro para uma retomada da greve geral para dizer que não seremos nós que vamos pagar essa conta que não foi criada por nós.

A luta dos trabalhadores em educação a cada dia mais se torna uma causa popular em nosso estado. Não podemos recuar um milímetro dessa luta. Temos que exigir que o Cpers e o comando estadual de greve construa com toda a força o ato do dia 29.

Que liberem o fundo de greve para sustentar a categoria em luta e que utilizem toda a publicidade possível como carros de som, panfletos e outdoors denunciando esse governo e ligando a denúncia a construção do ato, como também exigir um comando de greve com ampla democracia de representantes por escola.
No dia 29 temos que parar Porto Alegre e região metropolitana dando o nosso exemplo a todos os trabalhadores do país e demonstrado toda a força da nossa luta.

Por isso chamamos todos os colegas do Paulo da Gama e comunidade escolar para manterem a luta como grande exemplo de nossa greve que iniciou na nossa escola, antes mesmo da assembleia que deflagrou a greve e também para participarem da assembleia geral do Cpers convocada para dia 29/09 e do grande ato unificado as 10:00hrs do mesmo dia parando Porto Alegre para dessa forma levar nossa luta a toda população gaúcha.

Vamos firmes colegas.

TODOS E TODAS NO ATO UNIFICADO DIA 29/09!

* errata: título alterado devido ao fato de que a carta é assinada por um grupo de professores e não o quadro geral de trabalhadores da escola




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