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INJUSTIÇA SOCIAL | Candidatos milionários recebem auxílio e Bolsa Família enquanto falta para trabalhadores

Esse ano, mais de 500 candidatos que têm patrimônio de mais de R$1 milhão receberam auxílio emergencial ou Bolsa Família. Apesar da maioria dos candidatos terem negado ter pedido auxílio ou que seus dados foram usados indevidamente por terceiros e que nunca receberam tal quantia, alguns até admitiram ter solicitado.

segunda-feira 5 de outubro de 2020 | Edição do dia

O auxílio emergencial é destinado a trabalhadores sem carteira assinada e desempregados, e é necessário uma renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$3.135) ou até meio salário mínimo por pessoa (R$522,50) e ter rendimentos tributáveis de até R$28.559,70 em 2018 (conforme declaração do Imposto de Renda feita em 2019). Já o Bolsa Família, tem direito a receber a família com renda mensal de até R$178 por pessoa e que tenha em sua composição gestantes, mães que amamentam, crianças ou adolescentes de até 17 anos.

Kinho Pancotte (PL), candidato a prefeito de Itapuca (RS), que apesar de ter declarado ter mais de R$8 milhões de bens em seu nome, se sentiu no direito de solicitar um benefício concedido a cidadãos prejudicados pela pandemia do Covid-19 por ser agricultor e proprietário de 3 propriedades rurais avaliadas em mais de R$1 milhão cada uma.

Como se não bastasse candidatos recebendo auxílio emergencial, dados do governo revelam que 189.695 militares receberam o auxílio emergencial, totalizando R$114 milhões desviados apenas neste que é um verdadeiro esquema de corrupção. Não menos escandaloso foi o caso de Luciano Hang, mais conhecido como “Véio da Havan”, que mesmo não admitindo ter sido ele, teve cadastro feito para receber o auxílio emergencial, sendo ele um milionário que não necessita do dinheiro, já que explora o trabalho de milhares.

É urgente o aumento do auxílio para R$2.000, que é um valor realista para mantém o sustento básico de uma família nessa conjuntura, além da revogação das MPs da Morte e uma lei que proíba as demissões em todo o país. Além disso, deveria haver isenção de contas essenciais como aluguel, luz, água e gás. A taxação de grandes fortunas como do “véio” da Havan, do dono do Madero e outros, poderia financiar um auxílio emergencial digno para a população, respiradores, EPI’s adequados para os profissionais da saúde e testes massivos.




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