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Repressão | Camponeses do Acampamento Tiago dos Santos, em Rondônia, seguem sofrendo brutal repressão

A PM-RO em conjunto com outros aparatos repressivos vem atacando mais de 600 famílias (cerca de 2 mil camponeses pobres) das áreas Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira, localizadas no distrito de Nova Mutum, zona rural de Porto Velho. Porém, esses camponeses vem dando uma grande batalha para resistir à essa brutal repressão que está a serviço de garantir os interesses dos latifundiários.

terça-feira 19 de outubro de 2021 | Edição do dia

Foto: Banco de dados AND

No último sábado (16), deu-se início a Operação “Nova Mutum”, com a mobilização de mais de 3 mil soldados da PM e de tropas especiais, com o objetivo de despejar os cerca de 2 mil camponeses das áreas Tiago Campin dos Santos e Ademar Ferreira, localizadas no distrito de Nova Mutum, zona rural de Porto Velho.

Os camponeses pobres de Rondônia buscam resistir, incendiando pontes e estradas bloqueadas, tentando proteger as suas vidas e a de suas famílias contra a brutal repressão das forças repressivas do estado burguês.

A PM-RO, diz não se tratar de uma operação conduzida pela Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), de alçada do governo federal,mas admite a participação da FNSP "em caráter de apoio" juntamente com o Núcleo de Operações Aéreas da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e cidadania (Sesdec); com o Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBMRO). A Polícia Militar do Mato Grosso do Sul também participa da operação.

Tentando justificar a Operação “Nova Mutum”, a PM-RO diz que está cumprindo a decisão de 7 processos julgados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).

Buscando garantir os interesses dos latifundiários, a 10ª Promotoria de Justiça de Porto Velho, o judiciário de Rondônia determina que agentes policiais adotem "imediato patrulhamento" para paralisar o que chamam de "crimes ambientais", referindo-se às construções camponesas que ali vivem e trabalham, também determinando que o Comando Geral da PM faça o registro de suas ações. Ao mesmo tempo, nada se diz sobre as inúmeras denúncias dos camponeses sobre as ilegalidades e ataques deliberados de agentes da PM, da Força Nacional e de pistoleiros dos latifundiários da região contra esses camponeses pobres.

No dia 13 de agosto, agentes da Força Nacional, em conjunto com a PM, assassinaram pelas costas três camponeses. Amarildo (49 anos), Amaral (17) e Kevin (21) tiveram seus corpos atravessados por projéteis de fuzil disparados pelos agentes. Na ação ilegal foi usado um helicóptero. Os camponeses que estavam presentes no momento denunciaram que os disparos vinham deste helicóptero. Muitos camponeses fugiram para dentro da mata. Um carro também foi alvejado pelos disparos.
Três camponeses foram assassinados pelas costas por agentes da Força Nacional e pela PM, no dia 13 de Agosto. Amarildo (49 anos), Amaral (17) e Kevin (21) foram alvos de projéteis de fuzil disparados pelos agentes, que vieram de um helicóptero, fazendo com que muitos camponeses fugissem para dentro da mata. Um carro também foi alvejado pelos disparos.

Em uma nova investida da Força Nacional e da PM-RO contra os camponeses pobres, ocorrida nos dias 2 e 3 de setembro, pelo menos 14 viaturas invadiram a área Ademar Ferreira, apontaram fuzis para crianças e mulheres, além de "apreenderem" (roubarem) motos e incendiarem os barracos. Os policiais "agentes da lei" ainda contaminaram os poços d’água e prenderam arbitrariamente seis adultos e seis crianças, largando-os à esmo em Porto Velho (sem fazer Registro de Ocorrência).

Além disso, a Força Nacional e a PM-RO, nos dias 2 e 3 de setembro, invadiu a área Ademar Ferreira com cerca de 14 viaturas, onde apontaram fuzis para crianças e mulheres e roubaram motos e incendiaram barracos. Como se não pudessem ser mais covardes, os agentes ainda contaminaram os poços d’água e prenderam arbitrariamente seis adultos e seis crianças, largando-os à esmo em Porto Velho (sem fazer Registro de Ocorrência).

Essa é mais uma expressão dos interesses dos latifundiários e capitalistas no Brasil do reacionário e genocida Bolsonaro, onde ataques como esse se tornam cada vez mais frequentes. É preciso organizar a unidade da classe trabalhadora do campo e da cidade, em conjunto com os povos indígenas para derrotar esses ataques absurdos.




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