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ABC PAULISTA | Campanha salarial dos metalúrgicos do ABC entra na reta final

sexta-feira 2 de outubro de 2015 | 00:00

Essa é uma semana decisiva para a campanha salarial dos trabalhadores metalúrgicos, das cidades de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que estão na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dirigidos pela CUT – as cidades de Santo André e Mauá, pertencem a outro sindicato, e os metalúrgicos de São Caetano do Sul a outro, esses dois dirigidos pela Força Sindical. Essa divisão existe na categoria a algumas décadas, e dentro da própria base de cada sindicato existem outras muitas divisões, promovidas, tanto pela patronal, como pela própria direção sindical.

Para entendermos melhor a campanha salarial dos metalúrgicos, primeiro é preciso entender a divisão que Fiesp, e o Sindicato fazem na categoria em grupos. Existem na base do sindicato 10 grupos de trabalhadores, desde os trabalhadores nas montadoras, até os grupos de fundição, estamparia etc, os acordos de reajustes são negociados por grupo e não por categoria. Por exemplo: as montadoras não participam da campanha salarial há muitos anos, os acordos são definidos fabrica por fabrica, algo que enfraquece bastante a unidade da categoria, deixando os trabalhadores das fabricas menores bem mais enfraquecidos. Por muitos anos a luta da campanha salarial vem sendo protagonizado pelos trabalhadores que estão nas auto-peças, um setor inclusive onde existe muito menor controle da direção sindical, e que existe os maiores índices de acidentes, demissões e desrespeito as leis trabalhistas.

Nesse ano cheio de lutas nas fabricas da região, tanto os empresários, quanto a direção sindical, estão bastante preocupados com os rumos do embate, a direção do sindicato dos metalúrgicos do abc/CUT, definiu um prazo para a avaliação da patronal de sua pauta de reivindicações até hoje, tendo já protocolado junto ao Ministério do Trabalho aviso de greve, caso não houvesse proposta da bancada patronal, a assembleia geral que se reúne dia 01/10 definirá os rumos da luta, grupo por grupo, mas a expectativa é de um embate mais duro, pela crise que o setor automotivo vem vivendo durante todo o ano, sendo refletido em muitas demissões durante todo o ano.

Durante todo ano houveram demissões e redução nos direitos dos metalúrgicos na região, porém aquelas lutas que alcançaram maior destaque, foram as lutas nas montadoras, reconhecidos por seu peso histórico e social na realidade econômica do pais. Porém estamos durante todo esse período fazendo coberturas sobre as lutas que também se desenvolvem nas fabricas menores, fornecedoras de peças para as grandes montadoras, como no caso da greve na Labortex. Na Alcoa e o acampamento na Backer (http://www.esquerdadiario.com.br/Contra-as-demissoes-reducao-de-salario-Assim-e-o-PPE-da-CUT).

Estamos acompanhando de perto mais essa batalha que os trabalhadores metalúrgicos estão travando, e o desenrolar da estratégia da direção sindical, que ao invés de unificar as lutas para fortalecer toda a categoria, procura separar em acordos por grupos ou em fabricas dificultando ainda mais uma conquista para todos os trabalhadores em luta (sobre a unificação das lutas).




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