Camilo Santana (PT), Governador do Ceará, respondeu aos servidores públicos que foram para frente da Assembleia Legislativa protestar contra sua Reforma da Previdência, e cercou a Assembleia com a Tropa de Choque e a PM, mostrando sua disposição e a disposição do PT em aprovar os ajustes e continuar a Reforma de Bolsonaro e Guedes nos estados.
quarta-feira 18 de dezembro de 2019 | Edição do dia
Na tarde de hoje, servidores públicos de diversas categorias se reuniram em frente a Assembleia Legislativa do Ceará, para protestar contra a Reforma da Previdência estadual que o governo de Camilo Santana (PT) tenta aprovar, atacando brutalmente os trabalhadores do estado.
Para garantir a aprovação da continuidade a nível estadual dos ataques de Bolsonaro, o governador Camilo Santana colocou em ação a PM e a tropa de choque, que cercaram as entradas da Assembleia Legislativa, e impediram o acesso dos servidores com cordões da Tropa de Choque e uso de spray de pimenta para conter os manifestantes.
Representantes sindicais dos servidores ameaçam iniciar o ano de 2020 em greve caso o governo petista aprove a reforma. Servidores também já anunciaram que haverá protestos amanhã (19), novamente em frente a Asssembleia Legislativa.
Enquanto Camilo Santana tenta conciliar os interesses dos servidores com os empresários, patrões e com o governo federal, os servidores em frente a Assembleia deixam claro que não querem reduções no projeto da reforma, mas querem a reforma fora da pauta.
Camilo Santana é parte dos governadores do PT e do PCdoB no Nordeste, que mascaram suas intenções com um discurso demagógico. Dizem que são contra pontos específicos dos pacotes de ajuste de Bolsonaro e Paulo Guedes, e que tentarão barrar o que eles chamam de “partes danosas” das reformas estaduais, e enxugar as PEC. Mas por trás desse discurso, mostram que não oferecem qualquer tipo de resistência à aprovação dos projetos de Reforma da Previdência estaduais, despejando duros ataques contra seus servidores. Eles mostram sua flexibilidade em negociar nossos direitos com o governo federal em troca da manutenção dos repasses aos estados pela união.
No Pará, a Executiva Estadual do PT, também se mascarando num discurso demagógico, soltou nota tentando explicar o por que defendem a aprovação da reforma como “um mal necessário”, e que os deputados do partido tentariam minimizar os efeitos. Mas acabam por fazer correr e trabalhar na aprovação da reforma da previdência ao lado do Governador Helder Barbalho (MDB).
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