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UNESP MARÍLIA | Caem 8 das 17 suspensões da UNESP mas a Reitoria pode recorrer

terça-feira 7 de julho de 2015 | 00:01

Saiu esta semana o resultado do mandato de segurança dos 12 estudantes (5 deles não seguiram com processo) que entraram na justiça contra a decisão da Reitoria da UNESP em suspendê-los por 6 meses, estes que protestaram em 2014 ocupando o prédio da diretoria da Unesp Araraquara pela ampliação da política de moradia estudantil e em apoio aos outros dois setores, funcionários administrativos e professores, que estavam em greve.

Dos 12 estudantes 8 foram contemplados positivamente pelo mandato de segurança que impede a UNESP de aplicar a pena de 6 meses de suspenção e 4 deles receberam a negativa do judiciário o que significa a manutenção da punição para os mesmos.

Tais decisões foram tomadas em primeira instância e ainda podem ser revistas, tanto a REItoria pode recorrer à decisão das 8 revogações como os estudantes ainda punidos podem recorrer à manutenção da pena. Segue o braço de ferro entre o movimento estudantil unespiano e a repressão reitoral até que se esgotem os instrumentos jurídicos de contestação.

Esse braço de ferro completa mais de 6 meses desde que aos estudantes da UNESP Araraquara a diretoria da unidade e a REItoria da UNESP decretaram a expulsão destes 17 estudantes. Em resposta a esta punição autoritária, uma ampla campanha de solidariedade aos lutadores e repúdio à repressão foi levantada recebendo moções e fotos de organizações, entidades, coletivos estudantis e sindicais de todo o Brasil culminando num ato em frente à REItoria no dia da reunião do Conselho Universitário que reavaliou a pena e pressionado pela ampla campanha retrocedeu e a diminuiu para 6 meses de suspensão.

Conselho universitário esse que funciona na proporção de 70% do peso dos votos para o setor dos professores, 15% para funcionários e 15% para estudantes, estrutura essa repudiada historicamente pelo movimento estudantil e sindical unespiano por não garantir participação efetiva do interesses dos setores sub-representados.

Outros casos

A REItoria da UNESP não tem por esta sindicância a única ferramenta de intimidação e repressão aos estudantes da UNESP, além dos processos aos estudantes em Araraquara ainda está em fase de “averiguação” 31 sindicâncias a estudantes da unidade de Rio Claro que também protestaram e ocuparam por ampliação da política de moradia estudantil entre outras pautas e no Instituto de Artes da UNESP em São Paulo a famigerada portaria 23 imposta pela diretoria local vem atropelando os métodos de organização estudantil e a autonomia desse setor modificando o processo de eleição dos representantes discentes nos órgão colegiados, impedindo estudantes que passaram por algum processo administrativo de se elegerem, colocando professores e funcionários enquanto votantes e mediadores das eleições para os representantes estudantis entre outros ataques descabidos a democracia estudantil.




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