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NOVO TETO DE GASTOS | CUT se rende ao neoliberalismo, na defesa do arcabouço fiscal de Lula e Haddad

A votação do arcabouço fiscal, o novo teto de gastos de Lula e Haddad, está derrubando muitas máscaras. Lula enquadrou o PT e exigiu unidade do partido neste que é, o primeiro e brutal ataque neoliberal que o PT leva adiante para honrar a aliança com Alckmin e o mercado financeiro. A CUT, que integra o governo com Luiz Marinho, ex-presidente da central no Ministério do Trabalho, se enquadrou e aderiu

Thiago FlaméSão Paulo

quinta-feira 25 de maio de 2023 | Edição do dia

A manchete que podemos ver estampada na capa do seu site no dia seguinte à aprovação do arcabouço na Câmara, não deixa dúvidas. “Arcabouço fiscal: CUT defende que Senado aprove texto original proposto pelo governo”. No apoio ao ataque e, implicitamente, na aceitação da tática parlamentar de Lula, a CUT se subordina completamente ao governo Lula/Alckmin e seu novo teto de gastos. Vejamos

Como se a proposta inicial fosse boa, a CUT concentrou suas críticas ao que foi aprovado pela Câmara. Ressalta o ponto mais absurdo, que é a inclusão do Fundeb no novo teto de gastos, que até do Teto do Temer tinha ficado fora. Apesar disso, a CUT não deixa de reivindicar a aprovação na Câmara como uma vitória, com limites, do governo Lula. E aí já fica evidente de que lado está o governo, com os empresários contra o povo. Venceu o governo, perdeu a educação, a saúde, os servidores, a classe trabalhadora e a maioria do povo que vive de salário e do seu próprio trabalho.

Agora o Senado é a esperança da CUT para manter a proposta original do governo. Uma proposta apenas um pouco mais amena, mas que no fundamental ainda seria um ataque mais draconiano aos serviços públicos e investimentos estatais do que o levado adiante nos governos de FHC. É esse tipo de medida neolibel que a Central Única dos Trabalhadores, que foi criada pela classe trabalhadora no seu enfrentamento contra a ditadura militar e para se organizar de forma independente dos patrões, está defendendo.

O PSOL, que integra o governo Lula com os ministérios dos povos indígenas, que estão sendo atacados junto com o MST por um ministro do próprio governo, votou contra o arcabouço. No entanto, segue no governo, e nos sindicatos compõe chapas de unidade com o mesmo PT, que votou em bloco a favor do novo Teto de Gastos e que arrasta a CUT e os sindicatos para o apoio a esse ataque escandaloso.

O papel que a Conlutas e os sindicatos e oposições independentes do governo podem cumprir nesse momento é fundamental, para criar um pólo de aglutinação do movimento de trabalhadores, da juventude e de todos os setores indígenas.




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