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MOBILIZAÇÃO | CUT fala em paralisação nacional... Na prática seguem sendo palavras ao vento

A Executiva Nacional da CUT, em sua última reunião dia 27/04, aprovou um calendário de de lutas contra o impeachment que inclue a resolução de uma paralisação nacional no dia 10 de maio.

quarta-feira 4 de maio de 2016 | Edição do dia

Paralisação nacional no dia 10 de maio, que tem a seguinte formulação:

"Construir uma paralisação nacional no 10 de maio que interrompa a produção, o transporte, o setor público e o comércio e sinalize para a burguesia e aos senadores que haverá muita luta, se passar o golpe. Desde logo devemos ir debatendo e construindo essa paralisação, que deverá ser antes da votação da continuidade do impeachment no Senado, prevista para 11 de maio."

A verdade é que, na prática, a CUT já está aceitando o golpe institucional que está sendo levado a frente pelo Congresso, capitaneado pelos interesses dos grandes latifundiários, federações patronais e também do capital financeiro internacional. Na própria votação da Câmara já vimos como todos esses interesses se expressam da forma mais reacionária, despertando o desprezo e o ódio de muitos trabalhadores, deixando claro nas mãos de quem está hoje a derrubada do governo ajustador do PT.

As pistas de que a CUT tem mais medo da classe trabalhadora em movimento do que do golpe institucional

Na última reunião de delegados sindicais da CAIXA, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, deu mostras de como a CUT e o PT pretendem legitimar o regime que está impondo esse golpe. Golpe este que mira no PT mas quer atingir em cheio todos os trabalhadores.

Nessa reunião, a apresentação do Plano Temer deu conta de anunciar o aprofundamento acelerado dos ataques aos direitos. Ataques estes que Dilma já estava implementando em seu governo com a cumplicidade das centrais sindicais. E embora o tom dessa apresentação tenha sido fatalista, a resposta foi rotineira. A reunião terminou sem nenhuma discussão de ações práticas que os bancários pudessem organizar para combater esses ataques.

Desde então já havíamos exigido do sindicato que fizesse o mínimo: Chamar uma assembleia para que os bancários pudessem discutir a situação nacional e se posicionar frente a este a avanço reacionário. No entanto a direção burocrática continua sem mover um dedo para organizar os trabalhadores.

A única forma de barrar o golpe institucional em curso é colocar de pé uma verdadeira mobilização da classe trabalhadora, a partir de cada local de trabalho, cercando de apoio as lutas em curso como a dos estudantes que ocupam suas escolas contra a máfia da merenda e os ataques do governo, organizando assembleias para discutir seriamente uma paralisação nacional.

Exigimos que o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, chame uma assembleia urgente para que os bancários possam para no dia 10 de maio! Contra o impeachment e contra os ajustes do PT e da oposição de direita!




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