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REFUGIADOS EUROPA | Bulgária coloca 300 soldados para bloquear suas fronteiras

A Bulgária colocou cerca de 300 soldados em suas fronteiras com Turquia e Grécia para bloquear uma nova rota dos refugiados até a Europa pelo seu território. A Albânia também reforçou o controle policial.

sábado 16 de abril de 2016 | Edição do dia

Foto: Polícia faz ronda na fronteira da Grécia com a Macedônia, EFE/Valdrin Xhemaj

“Não há crise migratória nas fronteiras nem nenhuma situação diferente. O aumento de soldados é por prevenção”, declarou o ministro da Defesa Nenchev a impressa.

“Existem certas tensões em alguns acampamentos de acolhimento de refugiados na Grécia do Norte mas estamos preparados pra fazer frente a uma eventual onda migratória em grande escala.” agregou.

No final de fevereiro o Parlamento búlgaro aprovou por unanimidade uma reforma legal que permite o uso dos militares nas fronteiras. A medida, proposta pelo primeiro-ministro, o conservador Boiko Borisov, permitiu aos soldados patrulhar conjuntamente com a polícia de fronteiras. O exército búlgaro já ajuda a polícia na proteção das fronteiras desde abril do ano passado, mas por enquanto só com apoio logístico.

Antes de se aprovar a reforma, o Exército e a Polícia já realizaram três manobras conjuntas, duas na fronteira com a Grécia e uma no domingo passado no Mar Negro, para estarem preparados caso a rota que os refugiados segue até o norte da Europa se altere para a Bulgária.

O país balcânico está construindo desde o início de 2014 uma vala ao longo da sua fronteira com a Turquia, uma obra que investiram 32 milhões de euros.

A Bulgária compartilha com a Turquia uma fronteira de 259 quilômetros, na moria com bosques e campos, e por enquanto fecharam cerca de 70 quilômetros com a vala e se espera que outros 90 quilômetros sejam fechados ao longo de 2016.

Outro país que está reforçando o controle policial é a Albânia. Nessa quinta-feira o governo “devolveu” a Grécia um grupo de refugiados que cruzaram a fronteira, buscando uma rota alternativa no caminho até a Europa. Em Idomeni, no norte da Grécia, seguem presos mais de 10 mil refugiados que se negam a serem levados a centros de refugiados no interior do país, porque não abandonaram a esperança de poder cruzar a fronteira até a Europa, apesar das proibições e da repressão.




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