Nesta terça, 3 de abril, os trabalhadores da RR Donnelley pela segunda vez fecharam a rodovia Anhanguera em protesto contra o fechamento das fábricas de Osasco, Barueri e Blumenau. Bruno Gilga, diretor de base do SINTUSP, participou da manifestação e levou a solidariedade dos trabalhadores da USP, que em assembleia realizada no dia de ontem afirmaram seu rechaço à postura da patronal.
quarta-feira 3 de abril de 2019 | Edição do dia
Bruno Gilga, diretor de base do SINTUSP, leva à manifestação de trabalhadores da RR Donnelley a solidariedade dos trabalhadores da Universidade de São Paulo que reunidos em Assembleia dos trabalhadores da USP aprovaram uma moção de apoio e solidariedade aos trabalhadores da Donnelley. Na moção fica expresso o repúdio à ação da patronal que quer deixar 970 famílias nas ruas mesmo tendo conseguido lucros milionários por muitos anos com as impressões do ENEM.
Para Gilga, o recente fechamento da Abril e a própria postura da Donnelley de não dar qualquer satisfação aos trabalhadores é uma consequência da aprovação da Reforma Trabalhista, feita pelo governo Temer com o apoio de Bolsonaro, feita para que os capitalistas pudessem descarregar suas crises nas costas dos trabalhadores.
Gilga ainda relembrou do caso semelhante ocorrido na Argentina em 2014, quando a RR Donnelley de lá também fechou suas portas do dia para a noite com apenas um comunicado no portão. Nesta ocasião os trabalhadores argentinos deram um grande exemplo, realizando mobilizações, fechamentos de estradas e chamando a população para apoiá-los na defesa de seus empregos. Com esse apoio conseguiram ocupar e tomar em suas mãos o controle da fábrica, para que nenhuma família ficasse na rua e garantem o funcionamento até hoje, com seu novo nome Madygraf, escolhido pelos trabalhadores.
O Esquerda Diário repudia a ação da patronal da Donnelley e está aberto às denúncias dos trabalhadores e à difusão de sua luta.
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