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ELEIÇÕES 2020 | Bruno Covas: um representante da direita para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores

Bruno Covas, que agora concorre no segundo turno a prefeitura de São Paulo, é a cara da direita que segue legitimando o regime do golpe institucional e colocando o lucro acima da vida.

quarta-feira 18 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Divulgação

Apesar de toda sua demagogia e de se orgulhar da forma como administrou a cidade diante da pandemia do coronavírus, na verdade Bruno Covas é mais um dos pilares da gestão da cidade de São Paulo que esteve ao lado de João Doria e foi responsável por privatizações e ataque aos trabalhadores, Covas é a cara da burguesia e está disposto a seguir nos atacando para favorecer a sua classe.

Exemplos disso não faltam, Covas era vice de Doria quando participou do projeto para a utilização de farinata nas escolas da rede municipal, Covas ao lado de Doria propôs servir “lixo” para as crianças, uma ração humana feita de sobras. Ao lado de Doria tentou articular a reforma da previdência em SP, ataque que não passou de início, mas que foi aprovado no final de 2018 já na sua própria gestão. Foi Covas ao lado de Doria que diante da crise pandêmica do coronavírus demitiu 4 mil trabalhadoras terceirizadas das escolas, deixando essas famílias sem o sustento.

O discurso de Covas agora, em meio a campanha eleitoral e desejando arduamente seguir gerindo esse sistema podre e miserável, se contrapõe a sua própria atuação. Covas defende que se expulsem moradores de ruas a base do jato de água, como fez em sua gestão e pode até demagogicamente dizer que tem um programa para as pessoas em situação de rua, mas na sua própria prática ainda como vice, colocou tapumes para esconder essas pessoas.

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Embora Covas não tenha aparecido ao lado de Doria no decorrer da sua campanha e se colocado contrário a representação bolsonarista na figura de Celso Russomanno, não podemos esquecer que Bruno Covas e João Doria são parte do mesmo partido e da mesma gestão que se elegeu em base ao BolsoDoria, que apesar de querer se separar do discurso mais extremo de Bolsonaro, na verdade se vê ao lado desse quando o assunto é atacar nossa classe, lembremos novamente da reforma da previdência que a gestão de Doria e Covas quis aprovar antes mesmo de ser aprovada a nível federal.

Bruno Covas é a cara da direita que governa contra os trabalhadores, contra a mulher negros e lgbts. Toda a sua demagogia não apaga de onde vem, para onde quer ir e muito menos para quem governa.

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Covas vem para a reeleição para administrar e tornar cada vez mais viável o regime do golpe institucional, este que nas mãos do autoritarismo do judiciário está colocando uma realidade de salários mais baixos, condições de trabalho cada vez piores, preços mais altos e um aumento da carestia de vida que tende a piorar ainda mais com o fim do auxílio emergencial.

Diante das eleições municipais, vimos por todo o país o fortalecimento do centrão e do bonapartismo institucional, na cidade de São Paulo o segundo turno entre Covas e Boulos. Isso mostra um setor significativo de pessoas que vão contra a continuidade da gestão reacionária de Covas e seu legado tucano em São Paulo,um legado de privatizações e precarizações.

A luta contra Covas-Doria tem que ser uma guerra declarada,contra todo o reacionarismo e o regime podre do golpe institucional. Isso não se dará fazendo acordos com empresários, é necessária a luta nas ruas, a auto-organização dos trabalhadores e setores oprimidos, derrotar Covas não se baseia unicamente em tirá-lo da gestão da cidade, mas sim em se enfrentar com a política de conciliações que favorecem os capitalistas.

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