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UFRGS | “Brasil: Ponto de Mutação” reúne estudantes da UFRGS rumo ao 14J

Na última sexta-feira, o Esquerda Diário e a juventude Faísca realizaram na UFRGS o lançamento do livro “Brasil: Ponto de Mutação”. Dezenas de estudantes se reuniram pra discutir a ascensão de Bolsonaro, as mutações no regime político e a Greve Geral do 14J sob uma perspectiva marxista. O lançamento contou com a presença de Edison Urbano, mestre em História Social pela PUC-SP e co-autor/organizador do livro, e Adailson Rodrigues, ex-rodoviário e trabalhador do município de Porto Alegre; a mesa foi mediada por Val Muller, estudante de Letras e militante da Faísca.

terça-feira 11 de junho de 2019 | Edição do dia

O livro analisa, de maneira ímpar, a conjuntura política brasileira e faz um panorama não rotineiro desde as jornadas de junho, passando pelo golpe, eleições 2018, até o ano presente, numa excelente seleção de textos escritos por diversos autores da revista digital Ideias de Esquerda.

Edison fez uma abertura situando o momento histórico de crise no qual o Brasil se encontra, em que a classe trabalhadora, a juventude, as mulheres, os negros se defrontam com um governo de extrema direita, capacho do imperialismo, que quer descarregar a crise em nossas costas. Frente aos enormes desafios que se encontram diante de nós para o próximo período, este livro é um instrumento que nos arma ideologicamente para combater Bolsonaro e seus parceiros do Congresso, do Exército, do Judiciário e das catacumbas obscurantistas. Todos estes que apesar das suas diferenças tem em comum o interesse de aprofundar a exploração contra os trabalhadores.

O co-autor e organizador buscou delinear os principais debates que perpassam o livro. Discutiu-se conceitos marxistas pouco utilizados pela esquerda como a crise orgânica, a qual o livro argumenta que o Brasil está; o bonapartismo judiciário, que vem cumprindo um forte papel golpista nos últimos anos; e a diferença entre bonapartismo e fascismo, buscando desmistificar a confusão criada por aqueles que argumentam que estamos diante do fascismo. Tambem foi discutido o período aberto desde 2013 no Brasil e sobre a Constituição de 88 e seu regime que vem cada vez mais em “ponto de mutação”.

Neste momento em que Bolsonaro quer avançar contra a juventude e os trabalhadores com cortes na educação e reforma da previdência, o lançamento não poderia deixar de estar a serviço da construção da Greve Geral do dia 14 de Junho que está chegando. Adailson fez um chamado à juventude para que estejam junto à classe trabalhadora na Greve Geral dia 14, resgatando os exemplos de quando era rodoviário, quando o entusiasmo da juventude ao cumpriu um importante papel incendiando os trabalhadores nas jornadas de junho de 2013, na greve dos rodoviários de 2014 e na Greve Geral de 28 de abril de 2017, quando trabalhadores e estudantes juntos trancaram as garagens da cidade e pararam Porto Alegre. A unidade entre estudantes e trabalhadores é a que precisamos para barrar os cortes e a Reforma da Previdência.

É preciso que os estudantes de UFRGS estejam junto aos trabalhadores no 14J. Tal como os estudantes do curso de Teatro da UFRGS que têm dado exemplo com suas assembleias massivas e votou estar junto aos trabalhadores no dia 14J. Assim como em todo o país é necessário que se realizem assembleias massivas e que os estudantes tomem medidas de unidade com os trabalhadores.

Acreditamos que a força da juventude e dos estudantes pode fazer a diferença se dirigida à classe trabalhadora nos locais de trabalho, nas fábricas, escolas, nos transportes e bairros e aos estudantes das universidades privadas, desmascarando o papel das direções das centrais sindicais e da UNE, exigindo a realização de assembleias e medidas concretas de organização aos sindicatos e convocando uma luta comum no dia 14. São necessários todos os esforços da juventude para tentar despertar a classe trabalhadora paralisada pela política das direções das centrais sindicais.




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