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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Bolsonaro solta vídeo mentiroso sobre a reforma da previdência

Na noite dessa quarta-feira (24), após a aprovação da Reforma da Previdência na CCJ, Bolsonaro lançou um vídeo para mentir para a população sobre a reforma da previdência.

quinta-feira 25 de abril de 2019 | Edição do dia

No vídeo, Bolsonaro primeiro congratula os deputados que aprovaram o texto da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na noite de terça-feira (23). Depois se dirige a Rodrigo Maia, com quem fechou acordo de trégua em nome da aprovação de mais esse ataque, depois de dias de farpas trocadas publicamente.

Sinaliza também a intenção de manter os acordos com os parlamentares, em troca de milhões de reais da população trabalhadora, para que a reforma da previdência siga até o final, sendo aprovada pelos mesmos ritos necessários deste sistema político corrupto e podre - o qual ele dizia ser diferente.

No vídeo, Bolsonaro segue seu discurso mentindo mais uma vez aos trabalhadores brasileiros de que a reforma da previdência é necessária para que o governo consiga manter a previdência e para que invista em setores importantes como saúde e educação, além de diminuir a desigualdade social, pois os pobres pagarão menos.

Bolsonaro mente, como já denunciamos aqui, a farsa desse discurso do presidente, dos partidos aliados, empresários e da grande mídia, que escondem que os ricos não serão atingidos e atacados. Escondem também a divida bilionária de bancos e empresas para a Previdência Social, escancarada pela CPI da previdência em 2017.

O discurso de Bolsonaro sobre os “pobres pagarem menos” chega a ser irracional, já que a idade mínima de aposentadoria aumentará, sendo 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres, com o aumento também para 40 anos de contribuição. Com mais anos de contribuição e efetivo trabalho registrado, contribuindo para a previdência, como os pobres pagam menos nesses cálculos? Se com a reforma da previdência abre-se a perspectiva de aumentar a contribuição previdenciária do trabalhador, como os pobres pagam menos?

A conta não fecha. O que fica claro é que banqueiros e empresários, que nem ao menos trabalham, seguirão com suas dívidas intactas e perdoadas. Também os políticos, juízes, militares e funcionários do alto escalão também seguem beneficiados com a reforma da previdência, podendo viver tranquilamente com seus privilégios e altos salários.

Em seu discurso, Bolsonaro mente também que investirá mais em saúde e educação, que com a PEC do Teto dos Gastos são áreas impedidas de receberem mais investimentos do governo por 20 anos.

Dados do próprio Ministério da Economia, através do Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), divulgados nesta quarta-feira mostram que foram fechadas mais de 40 mil vagas de empregos formais no mês de março, mas negam o óbvio, que as vagas foram fechadas também em detrimento as vagas de trabalho intermitente e precários da reforma trabalhista, outro grande ataque aos trabalhadores aprovado pelos golpistas. Já Bolsonaro diz a farsa de que a reforma da previdência gerará novos empregos.

A reforma da previdência agora passa pela Comissão Especial, formada ontem pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), com 49 deputados, sendo 35 deles de partidos que já votaram favoráveis ao texto na CCJ. Se aprovada na Comissão Especial segue para votação na Câmara e depois no Senado.

Enquanto isso, quase 50% do PIB do país é direcionado ao pagamento da dívida pública. O valor destinado à dívida nada mais é do que um rio de dinheiro que deságua no bolso dos banqueiros, que estão lucrando como nunca. Os capitalistas esperam a reforma da previdência para ganharam mais e mais em cima da dívida pública brasileira. Não pagando a dívida pública, dinheiro roubado do PIB pelos grandes banqueiros e empresários, poderíamos oferecer verdadeiramente condições dignas de vida aos trabalhadores e a todos os aposentados do país.

Esta deveria ser nossa luta, e não o que fazem as centrais sindicais, como CUT e CTB (dirigidas pelo PT e pelo PCdoB), que seguem com discursos vazios e sem mobilizar os trabalhadores para resistir, mesmo sabendo que a ampla maioria não são favoráveis a reforma de Bolsonaro e Guedes. A população não quer trabalhar até morrer. É preciso que as centrais rompam a costumeira paralisa e construam planos de lutas nas categorias que culmine com uma mobilização nacional de paralisação. Em cada local de trabalho é possível debater e discutir um plano que responda aos ataques como a reforma da previdência e reverta a reforma trabalhista e a PEC do Teto dos Gastos. Além disso, que pense uma resposta de fundo para a crise no país, como pode ser o não pagamento da fraudulenta divida pública.




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