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AUXÍLIO EMERGENCIAL | Bolsonaro segue sem pagar Auxílio Emergencial e milhões ficam na miséria em meio a COVID-19

Segundo o último balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal, desde o dia 30 não há novos repasses de créditos para beneficiados pelo programa.

quinta-feira 14 de maio de 2020 | Edição do dia

Enquanto a taxa de contágio do novo coronavírus e mortalidade por Covid-19 avançam rapidamente no país, chegando a mais de 13 mil mortes e mais de 197 mil infectados confirmados, vemos saídas totalmente execráveis por parte dos governantes. Afinal de contas, se partirmos pelo governo Bolsonaro, em meio a suas próprias crises e disputas internas por dentro do regime, vemos claramente sua insistência criminosa movido pelo seu negacionismo e pelo empresariado em manter a economia operando a todo custo, inclusive as custas da vida dos trabalhadores, sem nenhuma política mínima que venha combater essa crise de forma mais contundente, como a testagem massiva para as pessoas.

Em meio a isso, já existem milhares de funcionários sendo mandados embora de suas empresas e um número ainda maior sofrendo cortes e ajustes que precarizam ainda mais a sua vida, fruto da própria política de Bolsonaro junto com distintos setores reacionários como centrão, STF e Governadores, para salvar esse sistema responsável por essa crise. Desde então, são os trabalhadores quem mais paga por isso, sendo que correm o risco de se contagiarem diariamente por não terem nenhuma condição financeira para se manterem em quarentena.

Por mais que exista um auxílio emergencial para uma parcela da população precarizada, não passa de uma demagogia de mal gosto por parte de Bolsonaro, a ponto desse benefício sequer ser executado direito. Pra começar, temos um valor irrisório de 600 reais que vem sendo destinado para setores precarizados, mas nem todas as categorias de trabalho. Soma-se isso ao fato desse benefício ter sido desviado para mais de 190 mil militares! O que não é nenhuma surpresa tendo em vista o papel que sua alta cúpula vem tomando recentemente em confluência com Bolsonaro para manter sua proeminência política e cada vez mais privilégios.

Não obstante, milhões de pessoas estão na "fila de espera" para receberem esse auxílio, ficando a deriva e a sua própria sorte até poder receber esse valor ou não. E o pior de tudo isso é que Bolsonaro sabe dessa situação, mas apenas leva em conta que essas milhões de pessoas não passam de uma "minoria barulhenta", onde há muito que na realidade nem precisariam desse valor. Como se justifica-se o fato de negar a diversas famílias um valor que é extremamente menor do que qualquer benefício que tenha recebido em toda a sua carreira política e sequer repassar regularmente os créditos para quem já conseguiu efetivar o cadastro.

Nesse ponto, chegamos numa situação onde apenas os beneficiários do programa Bolsa Família sabem a data que irão receber as demais parcelas do auxílio emergencial, enquanto não há nenhum calendário de repasses estabelecido, seja pela Caixa ou pelo governo Bolsonaro. Tudo isso para se manter os privilégios dos capitalistas e políticos que os representam e esmagar a classe trabalhadora até as últimas consequências nessa pandemia.

Por isso, não basta apenas a exigência da regularidade desse tipo de repasse, é fundamental apontar uma solução que bata de frente com toda a lógica dessa política e tantas outras desastrosas de Bolsonaro que nada mais busca que a manutenção de seus privilégios e a do sistema capitalista. É necessário exigir que nenhum trabalhador seja demitido nesse momento e que cada trabalhador desempregado seja contemplado com uma renda mínima de R$ 2.000 para manter a sua sobrevivência ou de sua família, que todos os recursos que são sugados a cada ano para pagar uma dívida impagável e fraudulenta como a dívida púbica estejam disponíveis para salvar vidas e que toda a nossa produção e o nosso sistema de saúde estejam centralizados nas mãos daqueles que não compactuam com os princípios de Bolsonaro, mas que vem pagando diariamente com essa crise, que são os trabalhadores.




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