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BOLSONARO E TRUMP | Bolsonaro recebe conselheiro de Trump: dócil e preparado para obedecer desejos imperialistas

Bolsonaro recebeu no Rio de Janeiro o braço direito do governo de Donald Trump, John Bolton. A reunião feita, ainda fechada, tem seu conteúdo bastante claro pelas inúmeras declarações de Bolsonaro: uma política pró-imperialista, entreguista para aprofundar ataques contra os trabalhadores.

quinta-feira 29 de novembro de 2018 | Edição do dia

Bolsonaro recebeu hoje (29) o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, em sua casa na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, para iniciar diálogo com o berço do imperialismo no mundo. Estavam presentes no local Flavio Bolsonaro, o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o atual chanceler, Aloysio Nunes (PSDB). O presidente eleito recebeu enviado de Trump mostrando seu servilismo logo de imediato batendo continência a John Bolton.

John Bolton, braço direito de Trump, foi recebido com um café da manhã antes da reunião que ocorreu de portas fechadas, mas que o conteúdo é bastante explícito tanto nas proximidades nos discursos do Conselheiro de Trump quanto de Jair Bolsonaro, além das dezenas de sinalizações da política pró-imperialista que o presidente eleito levará com os Estados Unidos.

Bolsonaro toma café com John Bolton, braço direito do ultra-reacionário Trump. Divulgação/Assessoria de Imprensa de Jair Bolsonaro

O governo Bolsonaro é o avanço ainda mais violento de uma política entreguista que o golpista Michel Temer já havia iniciado em seu governo: a entrega da Embraer para a Boeing, uma das maiores empresas de aeronaves do mundo, é parte de uma política entreguista e pró-imperialista de Temer que foi confirmada por Bolsonaro. Em uma de suas primeiras entrevistas afirmou que “a fusão da Embraer com a Boeing continua sem problema algum e sim vou avalizar’’. A Embraer que o governo brasileiro tem uma chamada“golden share”na empresa com os sócios da companhia aérea, conferindo poderes que permitem aprovar e vetar temas estratégicos. É evidente que desde o governo Temer, um dos objetivos da eleição de Bolsonaro é também colocar a venda o país para o capital estrangeiro.

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Não é somente da Embraer que o imperialismo quer colocar por definitivo suas mãos: a outra “menina dos olhos” do imperialismo norte-americano é a Petrobras. A Operação Lava-Jato foi um importante mecanismo judicial para intervenção do imperialismo na política brasileira e nos ataques para desvalorização da estatal petroleira. Sérgio Moro, atual ministro da Justiça de Bolsonaro, por muitas vezes deixou marcada sua relação profunda com o imperialismo norte-americano ao receber treinamento dos Estados Unidos em 2009 ao lado de outros juristas, além de como sob suas rédeas a Lava-Jato deixou impune uma série de empresas imperialistas. Com a nomeação de Moro como ministro de Bolsonaro, o caráter político da Lava-Jato como peça fundamental para intervir na brasileira ficou ainda mais evidente.

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Foi através desse processo de ataques da Estatal, que o discurso de privatização total da empresa e de seus setores, incluindo do próprio Pré-Sal, tomaram ainda mais fôlego. Sob a gestão de Pedro Parente, mudança no modelo de reajuste de preços também foi importante para avançar no interesse das petroleiras estrangeiras sobre a Petrobrás, uma vez que o reajuste dos combustíveis passou a ser realizado de acordo com a flutuação do dólar, aumentando drasticamente o valor dos combustíveis. O pré-sal, uma das mais importantes descobertas de regiões petrolíferas dos últimos tempos, vem sido entregue para gigantes do petróleo como Exxon e Shell desde o governo Temer e agora tende a se aprofundar ainda mais com o governo Bolsonaro.

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O ultrarreacionário Jair Bolsonaro e o braço direito de Donald Trump, John Bolton. Divulgação/Assessoria de Imprensa de Jair Bolsonaro

A aliança Brasil-EUA se consolida cada dia mais, desde a ligação do presidente norte-americano, Donald Trump, para parabenizar o presidente brasileiro eleito Jair Bolsonaro; bem como o assessor da campanha de Trump, Steve Bannon, ter auxiliado também na campanha de Jair Bolsonaro; e agora a visita do braço direito de Trump na casa de Bolsonaro. Por trás dessa relação está um objetivo claro, que não é novo e sequer próprio do governo Bolsonaro, mas que irá avançar brutalmente: o desejo de lucro e espoliação dos recursos e riquezas brasileiros pelo imperialismo norte-americano.

O imperialismo subordina a economia brasileira através da dívida pública, que é ilegítima, ilegal e fraudulenta, sendo na realidade um verdadeiro mecanismo e saque dos recursos naturais que torna o Brasil escravo do imperialismo e de um grupo muito seleto de bancos que negociam a dívida a seu bel-prazer. Se apoiando no autoritarismo judicial, interveio na política brasileira para conduzir a cadeira presidencial o “filho indesejado” da lava-jato, alinhado aos interesses imperialistas e disposto a implementar uma dura agenda de ataques e reformas, para despejar nas costas dos trabalhadores a conta da crise capitalista.




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