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PRIVATIZAÇÕES | Bolsonaro quer colocar à venda Trensurb e CBTU, avançando na privatização do país

Nesta quarta-feira (08), o Governo Federal anunciou, na primeira reunião do Conselho do Programa de Parcerias e investimentos sobre o governo de Jair Bolsonaro, a venda de duas estatais da área de transporte: A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que atua em Belo Horizonte, Recife, Maceió, João Pessoa e Natal, e a Trensurb, que é responsável pelo metrô de superfície de Porto Alegre e Região Metropolitana.

sexta-feira 10 de maio de 2019 | Edição do dia

No caso da CBTU, a empresa terá suas atividades separadas por cidade para que seja possível privatizá-las. Seguindo a lógica de vender setores estratégicos da economia no Brasil, o governo de Bolsonaro quer avançar na privatização e precarização do trabalho. O conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal acrescentou mais 59 projetos à lista de empreendimentos a serem concedidos à iniciativa privada.

O PPI é resultado de uma lei criada em 2016, durante o governo golpista de Michel Temer e conta com 105 projetos, 46 em andamento e 59 incluídos, divididos em 14 setores: Aeroportuário, Agricultura e Abastecimento, Defesa, Direito Exploratório Minerário, Energia, Fazenda, Ferroviário, Geração, Rodoviário, Terminais Portuários, Transmissão, Comercialização, Hidrovias e Infraestrutura Hídrica.

Em 2018, a Trensurb transportou 51,7 milhões de usuários, o que equivale a uma média de 4,3 milhões/mês. Em cerca de um ano, o governo de Temer elevou duas vezes a tarifa do trem, rompendo uma sequência de dez anos de transporte subsidiado. Em 12 de março deste ano, os bilhetes passaram a custar R$ 4,20. Em fevereiro de 2018, a tarifa, de R$ 1,70, já havia praticamente dobrado para R$ 3,30, sob a alegação de que era preciso buscar o reequilíbrio financeiro.

Os aumentos das passagens assim como as privatizações propostas pelo PPI não tem o intuito de melhorar o serviço prestado, mas se somam com a reforma da previdência e os cortes de 30% do orçamento das universidades e institutos federais para fazer com que a juventude e os trabalhadores paguem pela crise.

A única maneira de realmente verificar a situação das empresas é que todos os livros de contabilidade sejam abertos, para compreender onde de fato está sendo injetado o orçamento da empresa. Como resposta à demagogia do discurso de “crise fiscal”, é necessário impormos o fim do pagamento da dívida pública, para investir em serviços essenciais à população os recursos que atualmente vão para o bolso de banqueiros.

É preciso que as centrais sindicais organizem assembleias nos locais de trabalho para que se construa uma massiva mobilização contra as privatizações e as reforma da previdência, rumo a greve geral do dia 14/06.




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