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Negacionismo | Bolsonaro quer acabar com obrigatoriedade das máscaras e diz que a Covid "veio para ficar"

Em entrevista à uma rádio da região do Vale do Ribeira (SP) nesta segunda-feira, Bolsonaro disse que trabalha junto com o Ministério da Saúde para desobrigar o uso de máscaras de proteção e afirmou que o novo coronavírus "veio para ficar".

terça-feira 24 de agosto de 2021 | Edição do dia

Foto: Adriano Machado / Reuters

Bolsonaro voltou a falar nesta segunda-feira (23/08) que pretende acabar com a obrigação do uso de máscaras. Em entrevista à uma rádio do Vale do Ribeira (SP), disse que pretende definir, junto ao Ministério da Saúde, uma data para efetivar a medida.

“Alguns países do mundo já adotaram (a desobrigação da máscara), liberou geral. Eu pedi um estudo para o Ministério da Saúde. Hoje, vamos reunir com o ministro (Marcelo) Queiroga para darmos uma solução para esse caso. A ideia é a seguinte: pela quantidade de vacinados, pelo número de pessoas que já contraiu o vírus. Quem já contraiu o vírus, obviamente, está imunizado também, como é o meu caso. Nós tornamos facultativo, orientamos que o uso da máscara não precisa ser mais obrigatório, essa é a nossa ideia, que talvez tenha uma data a partir de hoje para essa recomendação do Ministério da Saúde”, apontou. Porém, a indicação da pasta da Saúde é de que mesmo aqueles que já contraíram a doença se vacinem, por conta do risco de reinfecção e de novas cepas.

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Bolsonaro voltou a criar rusgas com o Supremo Tribunal Federal (STF) dizendo que retirou seus poderes para agir durante a pandemia. “Vocês sabem que o STF simplesmente deu poderes aos governadores e prefeitos para ignorar o governo federal. Então, não basta a gente apenas orientar a ser facultativo. O governo pode simplesmente achar que para ele, né, é bom ainda continuar usando máscara, e eles continuarem nessa política”.

Jair Bolsonaro ainda disse, sem embasamento científico algum, que o novo coronavírus veio para ficar. "O que eu vejo, desde o começo falei, talvez seja o único chefe de Estado do mundo todo que disse que temos que conviver com o vírus. Infelizmente, ele veio para ficar como muitas outros gripes que temos por aí”.

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Bolsonaro sempre que tem a oportunidade desmerece a dor das mais de 570 mil famílias que perderam algum ente querido. Diminui a gravidade da doença que já causou mais de 4 milhões de mortes no mundo todo, fruto do descaso dos governos capitalistas e da ganancia das indústrias e laboratórios farmacêuticos.

É preciso defender as máscaras do negacionismo bolsonarista, mas também é preciso exigir medidas que vão além da responsabilidade individual, medidas que não foram adotadas tampouco pelos governadores de Estado opositores do governo genocida, como: a realização de testes massivos, o isolamento racional das pessoas contaminadas, o afastamento remunerado de pessoas grupo de risco, a ampliação dos leitos de UTI e a contratação de trabalhadores da saúde.

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