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Bolsonaro propõe nova reforma da Previdência para atacar trabalhadores

Nesta terça-feira (09), o candidato do reacionarismo não se conteve apenas em ser a continuidade de Temer nos ataques golpistas, Bolsonaro quer ir além. O ex-capitão, não deixa margem para dúvidas, sua reforma da Previdência será ainda mais dura do que aquela proposta pelo atual presidente.

Douglas SilvaProfessor de Sociologia

quarta-feira 10 de outubro de 2018 | Edição do dia

O ex-capitão reacionário do PSL, partido que ficou com a segunda maior bancada no Congresso, defendeu uma reforma da Previdência diferente da proposta por Temer. Para Bolsonaro, não vale uma reforma maravilhosa “apenas aos olhos de economistas”, é preciso uma que passe na Câmara e garanta os ataques contra os trabalhadores logo no início de seu governo.

"Se ele ganhar a eleição no dia 28, que nós acreditamos que vai, nós vamos tratar desse assunto dia 1º de janeiro de 2019, nem um dia antes", disse o coordenador de sua campanha, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), na Câmara.

Sem apresentar detalhes, afirmou que fará uma proposta mais consensual. Leia-se nas entrelinhas, uma reforma que consiga garantir o apoio de um dos Congressos mais conservadores dos últimos tempos.

Para aprovar sua reforma da Previdência, Bolsonaro quer agradar golpistas e escravagistas do Congresso

A reforma de Bolsonaro será um diálogo com os senhores golpistas, escravagistas - como a vice de Alckmin, Ana Amélia, que já declarou apoio -, além das figuras mais odiosas que se lançaram na “barca” de Bolsonaro, como o candidato ao governo de São Paulo, João Doria, que, quando prefeito de SP, tentou aprovar sua própria reforma da Previdência, mas foi derrotado nas ruas.

Sobre sua proposta, destacou que pretende aumentar em um ano o tempo de trabalho dos servidores públicos, resgatando o mote da campanha de Collor, em 1989, afirmou que vai acabar com a “farra dos marajás”. Mas, afinal, Bolsonaro e sua família, não seriam eles mesmos os “marajás” de uma casta de políticos que recebem super-salários e auxílios “infinitos”?

Bolsonaro antecipa seus movimentos no tabuleiro dessas eleições manipuladas, e escancara a sede, junto a Paulo Guedes e Hamilton Mourão, em atacar ainda mais os trabalhadores. Afinal, não são poucas as declarações de seu economista e vice que buscam garantir ao mercado e finanças que sejam os trabalhadores a pagarem pela crise.

A reforma da Previdência é apenas parte de um programa totalmente anti-trabalhador e anti-pobre do ex-capitão do PSL. Um partido que já demonstrou, elegendo uma bancada repleta de figuras odiosas da extrema direita, entre golpistas e herdeiros da coroa, que irá fazer de tudo para garantir os interesses dos capitalistas, aprovando suas reformas, implementando a carteira verde-amarela, para aqueles que, como afirmou Bolsonaro, queiram escolher entre “menos direitos e emprego, ou desempregado com direitos".




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