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BOLSONARO RACISTA | Bolsonaro pede mais impunidade à policiais e militares assassinos e compara pobres à baratas

Bolsonaro defende ampliação do o excludente de ilicitude, comparando a população pobre e negra à baratas, que deve ser exterminadas impunemente pelas polícias e militares: "Os caras vão morrer na rua igual barata, pô, e tem que ser assim".

terça-feira 6 de agosto de 2019 | Edição do dia

Em entrevista para jornalista Leda Nagle divulgada na internet, Bolsonaro voltou a defender medidas para legitimar ainda mais a violência por parte da polícia e do exército contra a população. Para ele, a redução da violência viria em base ao aumento da mesma contra o povo pobre, aumentando o excludente de ilicitude, artigo da Constituição que permite impunidade àqueles que declararem legítima defesa e, principalmente, para policias e militares que cometerem assassinatos.

Veja também: Bolsonaro tenta fingir que não é racista e nega escravidão no Brasil

Também declarou que novas medidas de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que garantem a intervenção militar nos estados, como deflagrada no Rio de Janeiro por Temer, só serão permitidas mediante à ampliação do direito dos militares e policiais matarem sem serem punidos.

"Os caras vão morrer na rua igual barata, pô, e tem que ser assim.", declarou Bolsonaro à jornalista. O racismo deliberado de Bolsonaro e seu ódio contra o povo pobre e negro é notório em cada fala. Comparando o povo pobre à “baratas”, Bolsonaro defende uma política, assim como Witzel no Rio de Janeiro, de extermínio violento de negros e pobres que sofrem com desemprego e miséria que alastra pelo país.

Relembre as dezenas de declarações racistas de Bolsonaro

Bolsonaro tem uma vasta lista de declarações extremamente racistas, como quando afirmou que não entraria em um avião pilotado por um cotista, e que também não gostaria de ser operado por um médico cotista.
Junto à isso, carrega consigo toda a história escravocrata deste país, que arrancou da África milhares de negros e negras param serem escravizados, inclusive já tendo negado esse violento processo histórico contra o povo negro. A polícia, base de Bolsonaro, bem como os militares, categoria à qual pertence o “presidente capitão”, é o braço armado do Estado racista, para assassinar e encarcerar milhares de negros e pobres, como uma medida fundamental para estancar o exército de miseráveis criados por este próprio sistema.

Defensor do encarceramento em massa e das chacinas contra pobres e pretos, Bolsonaro não cansa de destilar seu ódio contra esses setores, que no Brasil são a maioria das pessoas em situação de cárcere. Dados apontam que 41,5% da população carcerária é composta por presos provisórios que não chegaram a ser condenados formalmente, mas que, fruto da polícia racista e da cumplicidade do judiciário, perante a vida já estão condenados de maneira arbitrária às truculentas condições que o Estado os reserva.

Veja: Capitalismo: negro tem o dobro de chance de ser pobre no Brasil

O Brasil é o país mais negro fora da África, e também mostra que aqui, a chance de ser pobre para um negro é o dobro do que para um branco. A pesquisa “A desigualdade racial da pobreza no país”, divulgada pelo Ipea, a chance de um preto ser pobre era de 2,1 em relação a um branco. Para um pardo, essa relação chega a 2,6. Assim, o racismo, bem como as demais opressões, são pilares fundamentais deste sistema, que se sustenta a partir da exploração ainda mais brutal de mulheres, negros e lgbts, atacando o conjunto da classe trabalhadora ao aumentar ainda mais a miséria das condições de vida destes setores. Bolsonaro e seu governo, pela via ideológica e econômica, demonstram seu ódio extremo contra pobres, pretos, mulheres, avançando com medidas neoliberais que acertaram em cheio os setores oprimidos.

A reforma da previdência, os ataques às universidades, o apoio irrestrito ao agronegócio e a ostensiva defesa do armamento tanto dos ruralistas, quanto da impunidade da polícia e dos militares, é a cara desta extrema direita racista e reacionária, que quer impor cada dia miséria e morte aos trabalhadores, juventude e setores oprimidos. Assim como é urgente que questões das mais elementares sejam levantadas, como o fim do filtro social e racial que é o vestibular, impedindo que o povo preto e pobre possa entrar nas universidades sendo que são maioria da população, e a igualdade salarial entre brancos e negros afim de combater a divisão e segregação que há entre a própria classe trabalhadora.




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