O presidente disse, nesse dia 29, para simpatizantes e entre eles um militar, que as denúncias de tortura no período da ditadura são “tudo cascata para ganhar indenização”
segunda-feira 2 de março de 2020 | Edição do dia
A conversa ocorreu na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro também atacou os que lutavam pelo fim da ditadura, dizendo que a “guarda popular revolucionária” da qual Dilma fazia parte “matou a paulada um tenente no Vale Ribeira”.
O ponto principal é que presidente quer desviar as atenções de sua briga com o congresso. Podemos ver isso na sua live do dia 27, onde ele tenta desmentir a convocação que fez para o ato do dia 15 de março, ato em prol do fechamento do congresso.
Ao mesmo tempo, ele busca apoio da ala militar desde os porões dos dops, defendendo abertamente a ditadura, fora sues diversos laços com a milícia.
O presidente claramente quer elevar o seu poder sobre o do parlamento e do judiciário, necessitando do exército como sua base de força, por isso desse jogo de ataques e “recuos estratégicos” que o presidente empenha.
Tanto o parlamento quanto o judiciário não estão a serviço dos trabalhadores, e sim dos grandes patrões. Contudo não é através dos militares e da extrema-direita, que os trabalhadores terão vez, isso já se mostrou na história.
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Apenas a classe trabalhadora unida, junto aos estudantes, através da luta de classes, poderá dar uma saída a essa imensa crise e os ataques que todos esses poderes proferem juntos contra nós.
Embora eles tenham essa briga de força entre eles, quando se trata de fazer a população trabalhar até morrer com a reforma da previdência, por exemplo, Bolsonaro, Maia, Moro e Toffoli, se unem para sugar nosso futuro, vendendo-o a preço de banana.
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