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BOLSONARO | Bolsonaro filia-se ao PSL, partido alugado para fazer campanha reacionária à presidência

Como um velho político dessa democracia degradada, aluga partidos para fazer carreirismo na política, dessa vez o "liberal" PSL.

Douglas SilvaProfessor de Sociologia

quarta-feira 7 de março de 2018 | Edição do dia

O reacionário Deputado Federal Jair Bolsonaro que se encontra no seu sétimo mandato filou-se ao PSL (Partido Social Liberal) depois de passar por tantos outros partidos ao longo de sua carreira na Câmara dos Deputados, como o PP (que também foi PPB e PPR), PFL, PTB e PDC. Como um velho político dessa democracia degradada, aluga partidos para fazer carreirismo na política, dessa vez o "liberal" PSL.

Em 2017 chegou a divulgar sua mudança para o PEN para ser candidato à Presidência da República, mas recuou. Depois foi atraído pelas promessas do deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, que ofereceu diretórios municipais e promessas em batalhar por conquistar mais deputados para seu projeto reacionário e, assim, garantir mais tempo de TV na campanha de Bolsonaro à presidência.

A chegada de Bolsonaro ao PSL causa desconforto entre os próprios setores dentro do partido. Um mal-estar entre aqueles que falam em uma candidatura mais “limpa” e “moderna” para mascarar melhor os ataques que – nos bastidores – preparam contra os trabalhadores. Ataques que o próprio Bolsonaro não vacilará em aplicar, como sinalizou seu economista, que planeja uma Reforma da Presidência violenta, ou então o entusiamo do ex-militar com a intervenção federal no RJ, que permitirá mais repressão e mortes da população pobre e negra do país.

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Além do desconforto causado pela chegada de Bolsonaro, sua saída do PSC também não foi das mais amigáveis. Com o Pastor Everaldo, presidente da legenda, a relação vinha ruim desde 2016, com devidas trocas de farpas. Bolsonaro renegava Everaldo desde o pastor foi citado por delatores da Odebrecht, que o acusaram de receber 6 milhões de reais em caixa dois na campanha de 2014. O que chega a ser “cômico”, já que o próprio Bolsonaro se vê envolvido em diversos casos de corrupção, além dos seus discursos de ódios contra as mulheres, negros, homossexuais e índios.

A mudança acontece no primeiro dia da janela partidária com uma cerimônia de filiação de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O presidenciável leva junto consigo seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), o estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). A família toda se muda para a nova sigla sem deixar para trás seu ódio contra as minorias e todo seu reacionarismo.

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