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SAUDE EM CRISE | Bolsonaro elogia gestão de Crivella na saúde que não paga salários e cortou 800 milhões do SUS

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 16, que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, comprovou que a saúde "funciona" na capital fluminense.

quinta-feira 16 de janeiro de 2020 | Edição do dia

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 16, que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), comprovou que a saúde "funciona" na capital fluminense. Segundo Bolsonaro, o prefeito relatou em reunião nesta quarta-feira, 15, no Palácio do Planalto, que a mídia diz que há problemas na saúde no Rio, mas que os atendimentos estão ativos.

"Ele diz que a (Rede) Globo, por exemplo, o tempo todo diz que a saúde não funcionava no Rio. E ele comprovou que funcionava, com atendimentos. Ele fala isso para mim, entre outras coisas", afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro parece ignorar a crise no sistema de saúde que assola o Rio de Janeiro onde a população sofre com a falta de medicamentos básicos como dipirona e insulina, além de insumos básicos de enfermaria para atendimento dos pacientes.

A situação é tão alarmante que no final de 2019 praticamente todos os serviços de saúde, excluindo os serviços emergenciais pararam de funcionar, devido a impossibilidade dos trabalhadores sequer chegarem aos seus respectivos serviços. Essa situação se dá depois de mais de R$ 800 milhões terem sido cortados da saúde ao longo de sua gestão, sendo metade disso só em 2019.

A precariedade da saúde da cidade do Rio levou a que no fim do ano passado os trabalhadores da saúde contratados pelas OSs (Organizações Sociais) protagonizaram uma forte greve após deixarem de receber dois meses de salário e voltaram a paralisar suas atividades este ano com a falta de pagamento do salário de dezembro/2019.

No fim do ano passado, a Justiça proibiu a prefeitura do Rio de transferir recursos da saúde para outras contas da administração municipal afetadas por bloqueio judicial. O sistema de saúde da capital tem passado por grave crise, com a greve recente de funcionários e a redução da oferta de serviços.

Bolsonaro se irmanou com Crivella em defesa da sua destruição do SUS pois sua aliança com Paulo Guedes está ameaçando desferir um saque ainda mais profundo aos cofres da saúde e educação. Após Temer ter imposto um teto de gastos que prejudicou gravemente o orçamento nessas áreas, agora Guedes quer desvincular as receitas obrigatórias destinadas pela União à saúde e educação, abrindo um espaço cada vez maior para a gestão privada e terceirização da saúde via OSs. Com sua reforma administrativa, promete demitir e flexibilizar ainda mais o trabalho dos trabalhadores da saúde e educação.

Com informações da Agência Estado




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