Frente a situação de desastre, desmoronamentos e soterramentos causada pelas chuvas, o presidente desprezou a população que vive em áreas de riscos, que são empurradas a essa situação.
terça-feira 1º de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Nesta terça-feira, Bolsonaro sobrevoou áreas da região metropolitana de São Paulo atingidas pelas chuvas. Em seguida, em entrevista, ele disse que faltou "visão de futuro" para as pessoas que constroem casas em áreas de risco.
“Muitas áreas onde foram construídas residências faltou obviamente alguma visão de futuro por parte de quem construiu – disse Bolsonaro, desconsiderando a realidade de miséria e risco que milhões de pessoas são empurradas devido ao irracionalismo capitalista.
Bolsonaro se reuniu com os chefes do executivo municipal. Sem estipular um valor para a ajuda federal, Bolsonaro disse que os prefeitos vão apresentar as suas necessidades e o governo fará o "possível".
Esses desastres que matam todo ano, não pode ser encarado culpando os moradores e muito menos sendo tratado como algo natural. São desastres capitalistas, fruto de uma lógica que prioriza o lucro dos empresários, que permite que grandes áreas e imóveis sejam utilizados para especulação imobiliária
Leia sobre: Já são 24 mortos e 11 desaparecidos no estado de SP por causa das chuvas
Milhões de pessoas são empurradas a viver em situação de risco eminente. Para os pobres e trabalhadores, que são explorados para que a burguesia desfrute de suas mansões, sobram os restos da cidade e a possibilidade diária de viver esses desastres.
É urgente que os partidos de esquerda, os sindicatos e organizações mobilizem cada local de trabalho por um plano emergencial capaz de atender todas essas famílias desabrigadas, batalhando nas ruas, contra os ataques e o desprezo de Bolsonaro, por um plano de obras públicas que gere emprego e reconfigure as cidades fazendo com que os capitalistas paguem pela crise e por todas essas mortes.
