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GOVERNO BOLSONARO | Bolsonaro culpa "monopólios" por aumento do combustível buscando justificar política privatista

Bolsonaro se manifesta sobre aumento dos combustíveis, afirmando que a culpa é dos "monopólios". Por trás desta declaração, Bolsonaro avança para defendeu seu projeto privatista que quer entregar o país nas mãos das empresas privadas para que garantam seus lucros.

terça-feira 17 de dezembro de 2019 | Edição do dia

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu que o preço do combustível está "alto" no Brasil e afirmou que o governo está tentando reagir ao "quebrar monopólios". "Estamos fazendo o possível para baratear o preço do combustível. Reconhecemos que está alto no Brasil.", afirmou o presidente.

Bolsonaro defendeu que há uma diferença entre o preço do combustível na refinaria e bombas de postos de combustíveis. "(O preço) fica alto por causa de quê? Impostos estaduais, ICMS basicamente. E depois o monopólio ainda existe na questão de distribuição e nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir".

Veja também: Paulo Guedes quer colocar Banco do Brasil na Black Friday das estatais

Ao atacar os "monopólios", Bolsonaro busca fazer um discurso pró-privatização, sendo a Petrobrás parte das estatais que ele e seu governo, em especial Paulo Guedes, querem avançar parar privatizar. Se apoiando no argumento do "aumento da concorrência", Bolsonaro se apoia em uma condição que afeta frontalmente os trabalhadores para justificar a venda de recursos e bens públicos para a exploração dos capitalistas.

Atualmente, os preços do combustíveis são ajustados pela flutuação do dólar, assim, a cada oscilação do valor do dólar em relação ao real, os preços dos combustíveis sofrem também aumento ou queda. Pesquisa da Vox Populi mostrou que 72% dos entrevistados são contrários à este método e defendem que a Petrobrás controle os preços de combustíveis e gás de cozinha.

A privatização da Petrobras Distribuidora mostra os efeitos dramáticos da privatização das estatais construídas com dinheiro público: demissões em massa e importação recorde de diesel. A recém-privatizada distribuidora resultou em 600 demissões em um só dia, redução de salários e um recorde de importação de diesel enquanto as refinarias do país estão com estoque ocioso.

Saiba mais: Resultado da privatização da BR: demissões em massa e importação recorde de diesel

Contra o projeto privatista de Bolsonaro e Paulo Guedes, é necessário se apoiar nas lutas dos povos latino americanos, que do Haiti ao Chile, que estão enfrentando os ataques da direita nas ruas, para fazer com que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Com informações de Agência Estado




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