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GOVERNO BOLSONARO | Bolsonaro cria novo órgão na Abin com imensos poderes para espionar opositores e a esquerda

Entre as justificativas da criação do Centro de Inteligência Nacional (CIN), cognata do SNI da ditadura, está o muito amplo cobrir “ameaças à segurança do Estado” que abre espaço para a mais ampla espionagem de opositores.

terça-feira 4 de agosto de 2020 | Edição do dia

Imagem: Medium

O órgão foi criado a partir da reformulação no quadro de cargos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), criando uma nova unidade. As duas funções, que podem ser usadas para repressão, seriam o "enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade" e implementar a "produção de inteligência corrente e a coleta estruturada de dados".

Também caberia a a CIN executar atividades para assessorar os órgãos competentes relacionadas a políticas de segurança pública e à identificação de ameaças decorrentes de atividades criminosas, além de realizar pesquisas de segurança para credenciamento e análise de integridade corporativa.

Bolsonaro reclamou da Abin na fatídica reunião ministerial de 22 de abril e disse “que tem os seus problemas”, chegando a nomear Ramagen, proveniente da inteligência, para comandar a Polícia Federal. Segundo a secretária da presidência, que mexe no Diário Oficial da União, o objetivo é o de "aumentar eficiência e eficácia da ação administrativa, com condições mais favoráveis para o desenvolvimento do órgão". As medidas entram em vigor no próximo dia 17 e o diretor-geral do órgão terá mais 30 dias para contratar pessoal na nova estrutura vigente.

Se trata de um órgão de estado que abre espaço para espionagem da oposição e de aprofundar o caráter repressivo do Governo Bolsonaro. Para batalhar contra o aprofundamento do autoritarismo do presidente as centrais sindicais necessitam romper sua paralisia e colocar de pé a unidade entre os trabalhadores que já vem se levantando, como os metalúrgicos que estão em greve no Paraná, os entregadores e também os Correios, que terão greve no dia 18.

Lutamos pelo Fora Bolsonaro e Mourão e para que a própria classe trabalhadora possa decidir os rumos do país, com uma assembleia constituinte livre e soberana. Esse órgão com potencial repressivo é mais uma demonstração de que as conquistas da CF-88 já foram para o saco e o que vige é um outro pacto que começa a se desenhar, pela direita. Batalhar para que sejam os trabalhadores a fazerem suas leis é parte de colocar em xeque o aparato repressivo do estado que só se engrandece nesse momento.




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