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DITADURA MILITAR | Bolsonaro coloca militares e membros do PSL em Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos

Em decreto assinado por Bolsonaro e pela ministra da Mulher e dos Direitos Humanos Damares Alves, foram substituídos quatro, dos sete membros, da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. Dos novos membros, dois são militares e os outros dois membros do PSL.

quinta-feira 1º de agosto de 2019 | Edição do dia

Essa decisão ocorre na mesma semana em que o presidente, Jair Bolsonaro, deu absurdas declarações sobre o assassinato e desaparecimento do pai do presidente da OAB e ex-militante Fernando Santa Cruz, preso por agentes do regime militar e desaparecido desde 1974.

Leia aqui: Bolsonaro insulta Fernando Santa Cruz, e mente sobre seu assassinato pela ditadura

Bolsonaro chegou a questionar a Comissão Nacional da Verdade e chamou de "balela" os documentos sobre os assassinatos da ditadura militar.

Agora, em uma ofensiva ainda maior, decidiu por decreto substituir quatro dos sete membros da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Bolsonaro busca encobrir os crimes da ditadura para que militares e torturadores continuem sem punição.

Como justificativa, Bolsonaro disse que "agora o presidente é de direita", "Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também".

Eugenia Gonzaga, ex-presidente da comissão e uma das substituídas, disse que "ao que tudo indica, foi uma represália por sua postura diante dos últimos acontecimentos".

O novo presidente da comissão é o membro do PSL, advogado e assessor da ministra Damares, Marco Vinicius Pereira de Carvalho. Os outros novos membros são Weslei Antônio Maretti (coronel reformado do Exercito), Vital Lima Santos (oficial do Exército) e Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro ( deputado federal do PSL).

Como declarou Marcello Pablito, "A impunidade asseguradas aos militares assassinos e torturadores da ditadura, por meio da transição pactuada e da Lei de Anistia, é o que permite que o presidente faça declarações tão asquerosas livremente. A inofensiva Comissão da Verdade do período do PT, ao não condenar tais criminosos pouco fez em relação a essa impunidade. Exigimos a revogação da Lei da Anistia, assim como o julgamento e punição de todos os responsáveis civis e militares pela ditadura! É preciso arrancar do Estado a abertura irrestrita de todos os arquivos e documentos ocultos sobre os crimes da ditadura militar!".




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