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Bolsonaro capacho de Trump gasta R$ 6 milhões em simulação de guerra contra “os vermelhos”

Em inédito exercício militar que envolveu 3,6 mil soldados, e que teve um custo de R$ 6 milhões só em transporte e combustíveis, governo Bolsonaro simulou no mês de setembro guerra em que soldados do país “Azul” tinham que expulsar invasores do país “vermelho”.

quinta-feira 15 de outubro de 2020 | Edição do dia

Foto: ALAN SANTOS

Se já não bastasse a ridícula apologia, Jair Bolsonaro se pronunciou nas redes sociais, contra o comunismo e incitou apoiadores contra a Venezuela, Argentina e Cuba.

Durante o exercício militar, Mike Pompeu, secretário de Trump, esteve em Roraima, um dia depois do Itamaraty divulgar nota contra o regime de Maduro na Venezuela, e teria dito “vamos tirá-lo de lá” em referência ao presidente venezuelano.

Além do escândalo que significa um gasto desse tamanho para um simulação de uma guerra, em meio a uma crise econômica, em meio a uma pandemia e a escândalos de descaso com a saúde, além da piora da carestia de vida, com os baixos salários e o aumento dos alimentos, se escancara novamente o lugar de capacho que o governo de Jair Bolsonaro tem para com o governo norte americano e Trump mais especificamente.

O presidente que apoia a autoproclamação de Guaidó como presidente da Venezuela em claro pacto com o imperialismo norte americano, segue atacando a vida dos trabalhadores brasileiros em prol do projeto imperialista de Donald Trump.

Enquanto R$6 milhões são gastos com um treinamento, no mínimo desnecessário, a população segue vendo suas condições de vida cada vez mais precarizadas. Enquanto o governo segue pagando a fraudulenta dívida pública e enchendo os bolsos do capital financeiro internacional, gasta milhões com treinamentos militares para seguir lambendo as botas do imperialismo norte americano e para isso ataca a condição de vida da maioria da população, como por exemplo com a MP da morte (936), que diante da crise econômica e em meio a pandemia do coronavírus permitiu redução de salários e suspensão de contratos.

Para que sejam os capitalistas que paguem pela crise que eles mesmos criaram é preciso dar uma resposta de fundo a todos os problemas sociais e econômicos gerados por esse sistema, lutar contra as demissões e a precarização do trabalho garantindo o mínimo dentro de um sistema de exploração que é garantir trabalho para todos, com a divisão das horas de trabalho pela força de trabalho disponíveis sem diminuição dos salários.

Para poder impedir que o Estado tenha gastos com exercícios de guerra desnecessários, garantir postos de trabalho para todos, revogar todas as reformas e ataques do regime pós golpe e parar de pagar a fraudulenta e ilegítima dívida pública inclusive, não dá pra confiar no Bolsonarismo como fica óbvio, mas também não dá para confiar nos setores golpistas e de conciliação que pelo seu espaço no regime são capazes das alianças mais escandalosas.

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Para de fato dar uma resposta que garanta para a classe maioritária, a classe trabalhadora, o direito de viver, é necessária a organização em cada local de trabalho, estudo, pelos direitos mínimos, mas também por mais, que dentro desse regime possa impor através da luta uma nova Assembleia Constituinte Livre e Soberana, com delegados eleitos e revogáveis através destes mesmos organismos de auto-organização, que seja soberana aos três poderes e que de fato nos permita delegar sobre nossas próprias vidas.




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