Auditoria do Tribunal de Contas da União afirma que o governo federal inflou gastos com regime previdenciário dos servidores civis enquanto subavaliou gastos do regime militar.
quarta-feira 16 de junho de 2021 | Edição do dia
Foto: REUTERS
Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado nesta quarta-feira (16) pela Folha de S. Paulo, o governo Bolsonaro teria subestimado as despesas com a previdência dos militares minimizando eventual rombo no orçamento, e supervalorizou os gastos com servidores civis da União, onde afirmava que gastaria mais do que na realidade.
O governo avaliou em R$ 45,5 bilhões o passivo atuarial do regime dos militares, deixando de lado gastos como reajustes recentes de vencimentos das Forças Armadas. Enquanto isso, o governo teria inflado as despesa do regime dos servidores civis, que é o Regime Próprio de Previdência Social, em R$ 49,2 bilhões.
Tentando esconder o privilégio dos militares, Bolsonaro escancara as suas prioridades na pandemia, no momento em que a maioria da população se enfrenta com o vírus, o desemprego e a fome, garante regalias as cúpulas militares enquanto reserva ataques a classe trabalhadora, com privatizações e reformas.
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