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RETIRADAS DE DIREITOS | Bolsonaro autoriza por mais dois meses ataques das empresas contra os trabalhadores

Bolsonaro prorroga o decreto de Lei 10.470/2020 que autoriza as empresas reduzirem os salários dos trabalhadores em 70%, diminuição das jornadas de trabalho e até mesmo demissões em massas, tudo isso em nome dos lucros dos grandes capitalistas, enquanto já alcançamos mais de 115 mil óbitos e no país são mais de 40 milhões de desempregados. Nossas vidas valem mais que os lucros dos capitalistas.

terça-feira 25 de agosto de 2020 | Edição do dia

‘’E daí?’’, "É só uma gripizinha’’ essas foram falas de Bolsonaro nos primeiros meses de isolamento social no país e hoje o Brasil ultrapassa mais de 115 mil óbitos pelo covid-19, isso com a subnotificação dos casos. São 115 mil óbitos que poderiam ser evitados se os trabalhadores tivesse seu direito a saúde pública de qualidade garantidos. A contaminação e os óbitos seguem em aberto no país e além da crise sanitária a e crise econômica atinge em cheio os trabalhadores, segundo pesquisas do IBGE são mais de 40 milhões de trabalhadores desempregados. Bolsonaro se aproveita do momento de fragilidade sanitária para impor ainda mais ataques contra à classe trabalhadora, vide que nessa segunda-feira (24) foi a assinado o Decreto 10.470/2020 que permitem que as empresas podem reduzir as jornadas de trabalho, salário e até mesmo demissões em massas. Esse é o governo de extrema direita que coloca a vida dos trabalhos em risco em nome dos lucros dos capitalistas.

‘’O Brasil voltou a gerar empregos, mas alguns setores ainda estão com dificuldades em retomar 100% de suas atividades.’’ Palavras do presidente na sua rede social do twitter. Bolsonaro desde do início da propagação do vírus no Brasil se colocou abertamente a serviço da economia mesmo que isso significasse a vida dos trabalhadores pobres e negros. Bolsonaro fala da retomada 100% das atividades econômicas enquanto os números de óbitos aumentam e seguimos sem testes massivos para todos e sem reconversão das industrias na produção de matérias de equipamentos individuais e respiradores para as UTIs.

É esse o governo que se orgulha de sua política negacionista enquanto a vida dos trabalhadores pra eles não valem nada. É uma grande falácia do presidente dizer que o Brasil voltou a gerar empregos quando as próprias pesquisas apontam que a tendência do desemprego devido à crise econômica é só aumentar. A crise do coronavírus impactou milhões de trabalhadores e isso se chocou com o impacto econômico.

As retiradas de direitos dos trabalhadores significa na prática ainda mais lucros para os grandes capitalistas. Em um momento ultra delicado para muitas famílias trabalhadoras as empresas se isentam de pagar para seus funcionários 70% do salário e os trabalhadores em plena crise sanitária podem ser surpreendidos pelas demissões em massas. Isso aconteceu com os trabalhadores da LATAM, empresa aeroviária que durante essa pandemia só aqui no Brasil demitiu 2700 trabalhadores.

A classe trabalhadora precisa decidir os rumos do país, porém as centrais sindicais CUT E CTB dirigidas pelo PT e pelo PcdoB precisam organizar um plano de luta nos seus sindicatos que faça os capitalistas pagarem pela crise, não os trabalhadores. Por outro lado, é preciso que a esquerda do PSOL busque apostar nos próprios trabalhadores, sem alianças com setores da burguesia ou do PT que têm interesses opostos dos trabalhadores. A pandemia deixou claro aos nossos olhos que a classe trabalhadora é essencial em toda parte no mundo e as várias demonstrações de luta da revolta negra no EUA, junto às paralisações dos entregadores de aplicativos, nos mostram que a classe trabalhadora não está morta o que de fato falta é um plano de luta com independência de classe. É preciso enfrentar o governo Bolsonaro, Mourão e os militares. Nossas vidas valem mais que os lucros deles.




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