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BOLSONARO | Bolsonaro acena possibilidade de rifar o filho para se proteger da crise miliciana

Após os escândalos anunciando possível envolvimento de seu filho Flávio Bolsonaro à atuação de milícias no RJ e até ao assassinato de Marielle Franco, Jair Bolsonaro acena que possivelmente vai rifar o filho para que crise não respingue em seu governo.

quarta-feira 23 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, em meio ao Fórum Econômico Mundial em Davos, que “Se por acaso ele [Flávio Bolsonaro] errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar”.

A enorme crise aberta desde as recentes suspeitas que ligam o nome de Flávio Bolsonaro às milícias no Rio de Janeiro e à execução da ex-vereadora do PSOL Marielle Franco pode atingir em cheio o governo Bolsonaro. Temendo isso, Bolsonaro acena que pode optar por rifar o filho para tentar assim proteger a si e a seu governo desta crise de proporções ainda imensuráveis.

O vice Mourão também já tem deixado claro que fará esforços para retirar o governo do centro desta crise ao afirmar, logo após a divulgação das suspeitas, que isso “não tem nada a ver com o governo”.

Ainda é difícil saber se toda a campanha contra o clã Bolsonaro que a Rede Globo tem levado a fogo tem tido apoio de setores do Judiciário [envolvendo Sérgio Moro] ou não. O que é certo é que o clá bolsonarista se mostra a cada dia mais como um dos setores mais podres deste regime também em degradação.

As milícias, compostas em ampla maioria por integrantes da Polícia Militar, possuem ligações com políticos e empresários que não hesitam em agir de forma criminosa e assassina para descarregar a crise capitalista sobre as costas da classe trabalhadora e do povo negro, inclusive sendo homenageadas publicamente pela “excelência dos serviços prestados”.

Marielle e Anderson seguem sem justiça. O caso segue sem resolução. Precisamos exigir do Estado que garanta todas as condições materiais, financeiras e físicas para a realização plena e ampla da investigação independente, com acesso a todos os autos do processo para acompanhar e poder seguir todos os passos que a polícia dá, e também dar passos próprios que efetivamente deem solução para o caso e que se ache os culpados.

Nenhum passo atrás na luta por justiça por Marielle e Anderson. Coloquemos novas energias nessa luta.




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