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Greve em São Paulo | Blindando governo tucano, grande mídia ataca ferroviários pela greve da CPTM

Sempre que os trabalhadores dos transportes decidem se mobilizar para lutar contra os ataques que lhe são impostos pelos governos, a mídia burguesa usa sua fórmula de praxe para atacar a greve: jogar a população contra os trabalhadores, mostrando os ferroviários como os responsáveis pelos "transtornos". Mas e os anos de ataques e precarização dos transportes pelo governo tucano, não entram na conta?

quinta-feira 15 de julho de 2021 | Edição do dia

FOTO: ESTAÇÃO GRAJAÚ LOGO PELA MANHÃ

Este é mais uma vez o tom da cobertura da grande mídia no dia de hoje, marcado pela greve da CPTM na grande São Paulo. A receita é sempre igual focar a confusão na porta das estações, quando a mídia poderia ter cumprido seu papel de informar à população sobre a greve no dia anterior. E depois dar voz ao secretário de transporte, o conhecido milionário Alexandre Baldy, ou ao diretor da CPTM, que se mostrarão indignados com os abusos dos grevistas. Como foi, mais cedo, a entrevista de Pedro Moron ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo.

Hoje, essa cobertura chegou ao ponto de desvirtuar inclusive o protesto que ocorreu na Av. Belmira Marin, que foi fechada, e na qual a população reivindicava melhores condições para o transporte, e a mídia divulgou como se fosse um protesto contra a greve .

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Lutando contra o arrocho salarial, que rebaixa os salários da categoria desde 2019 sem reajuste, além das condições de trabalho precárias, com quadro de funcionários deficitário, os ferroviários não tiveram outra opção senão se apoiar nos métodos de luta da classe trabalhadora para barrar esses ataques. Porém, para a grande mídia em pouco interessa mostrar as reivindicações dos ferroviários ou debater os motivos que tornam o transporte público precário.

Mesmo assim, a maioria da população sabe que se os ferroviários se lançam em greve é porque existe um processo em curso de precarização do transporte público, com o interesse de entregá-lo o para as mãos do mercado. Esse é o objetivo que une grande mídia e governo tucano, nas figuras dos tucanos Doria e Alexandre Baldy, secretário de transportes. A demanda da população é por transporte de qualidade, o que a une às reivindicações dos trabalhadores por melhores condições, contra a falta de funcionários e contra a precarização.

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