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Biden e o imperialismo dos EUA apoiam os bombardeios de Israel contra os palestinos

Israel é construído sobre uma política de ocupação, despejos e expropriação do povo palestino. Devemos exigir o fim do imperialismo de Israel apoiado pelos EUA e que Israel pare de reprimir, expulsar e bombardear os palestinos em Jerusalém e na Faixa de Gaza. Palestina livre!

quarta-feira 12 de maio de 2021 | Edição do dia

Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters

O conflito entre Israel e a Palestina ocupada aumentou esta semana após dias de luta nas ruas de Jerusalém Oriental, iniciada pela tentativa de despejo de várias famílias palestinas para virarem assentamentos israelenses. Esses protestos foram recebidos com violência e repressão brutal por parte do Estado israelense e, na segunda-feira, mais de 300 manifestantes pró-Palestina foram feridos em Jerusalém Oriental antes de uma auto-descrita "Marcha Sionista". A polícia israelense também invandiu a mesquita sagrada de Al-Aqsa. A violência na segunda-feira(10/05) foi feita em defesa de um grupo de extrema-direita composto por nacionalistas israelenses que gritavam “morte aos palestinos” e comemoravam quando os incêndios começaram perto da mesquita de Al-Aqsa.

Segunda-feira pela noite, Israel atacou a Faixa de Gaza com vários bombardeios, deixando pelo menos 26 mortos, incluindo 9 crianças.

Esses últimos ataques militares ocorreram após meses em que Israel reteve vacinas dos palestinos. Esta política perigosa e com motivações raciais significa que a população já empobrecida e desnutrida da Palestina ocupada foi devastada pelo coronavírus, enquanto seus opressores israelenses conseguiram grandes avanços no combate ao vírus.

Este último ataque prova que a política de dois estados coexistindo pacificamente é pouco mais do que uma fantasia liberal. A realidade é que Israel foi construído sobre uma política de ocupação, deslocamento e expropriação do povo palestino. Esta política foi endossada pelos Estados Unidos e executada pelo exército israelense, que é uma das forças armadas mais poderosas do mundo. Grande parte da mídia burguesa gostaria de retratar o conflito como resultado da violência palestina ou como um conflito em que ambas as partes são igualmente responsáveis. Ambas as narrativas do conflito são falsas e dão respaldo ao imperialismo israelense e a maneira como os Estados Unidos e o resto do Ocidente têm apoiado Israel financeira e militarmente repetidas vezes.

De fato, apesar de todo o seu papel de tentar ser diferente do Trump, e apesar de sua ajuda à Palestina, Biden deu continuidade à política de Trump para Israel - que é uma continuação da política americana de décadas. Ele manteve a embaixada dos EUA em Jerusalém, o que legitima as falsas reivindicações de soberania de Israel sobre a cidade, e o Congresso Democrata continua a se opor à parar de dar ajuda militar a Israel. Nesse sentido, devemos ser claros: o sangue desses palestinos mortos está nas mãos de Netanyahu, Biden e do Partido Democrata. A violência que estamos vendo atualmente é a consequência direta da aliança estratégica entre os Estados Unidos e Israel, uma aliança que tanto democratas quanto republicanos apoiaram.

Como um grupo de antiimperialistas estabelecidos nos Estados Unidos, nós do Left Voice, portal irmão do Esquerda Diário dos Estados Unidos, acreditamos que os socialistas e ativistas dos EUA devem se organizar contra esses atos de violência especificamente, e contra o projeto maior de ocupação israelense e opressão da Palestina. Os eventos na Palestina ocupada são todos parte do projeto político do imperialismo que tanto os democratas quanto os republicanos se comprometeram servilmente a defender. Não podemos lutar por demandas progressistas em nossas fronteiras fechando os olhos para o imperialismo no exterior. Esta é uma das razões pelas quais os socialistas nos Estados Unidos não podem apoiar os políticos do Partido Democrata, não importa quantas concessões eles tenham prometido. Devemos nos recusar a trocar as vidas dos trabalhadores nos países que sofreram intervenção imperialista por condições ligeiramente melhores para os trabalhadores nos Estados Unidos. Membros da ala progressista do Partido Democrata, representados por Bernie Sanders se contenta em fazer declarações mornas quando Israel comete violações claras dos direitos humanos, mas endossa a ajuda dos EUA às forças repressivas de Israel e apoia a aliança estratégica com o Estado sionista.

Denunciamos estes últimos ataques à Palestina e nos solidarizamos totalmente com os palestinos, que devem enfrentar tanto as terríveis condições criadas pelo imperialismo israelense, quanto os fracassos de suas próprias lideranças. Devemos exigir que Israel pare de reprimir os palestinos em Jerusalém, acabe com os despejos e o bombardeio da Faixa de Gaza imediatamente e que os Estados Unidos parem de apoiar essa repressão.

Trabalhadores em todo o mundo, mas especialmente em países que apoiam Israel, devem se levantar e usar seu poder estratégico como as pessoas que podem mover a sociedade para lutar e pressionar contra esses ataques. Devemos exigir não apenas o fim imediato dos ataques ao povo palestino, mas também o fim de toda ajuda externa ao regime opressor de Benjamin Netanyahu e à burguesia israelense.




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