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Batalha da Matrix: Resistência à criminalização da cultura marginal

Dani Alves

Batalha da Matrix: Resistência à criminalização da cultura marginal

Dani Alves

O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB) tem em seu histórico diversas perseguições à cultura independente da cidade e persegue constantemente os movimentos da Praça da Matriz, no centro da cidade. Lucas do Vale, organizador da Batalha da Matrix, duelo de mcs que recebe centenas de jovens nas terças da cidade, recebeu duas multas ambientais em valor superior a R$15.000,00 através da arbitrariedade da GCM.

Desde a retomada do evento pós pandemia, o prefeito tem criminalizado constantemente o movimento, chegando a proibir que o mesmo acontecesse, não conseguindo conter a ocupação do espaço público, também proibiu o uso da energia elétrica para estrutura e o uso de caixa de som. Essas ações foram implementadas através da repressão da GCM aos mandos da Secretaria de Segurança de Orlando Morando (PSDB).

Em 2017, Orlando também perseguiu o "Rap Pela Paz, Natal Solidário no Calux" através da Justiça proibindo a realização de evento sob pena de multa e com uma "denúncia anônima" também perseguiu organizadores, os rappers Afro-X e Bad, sem nenhuma prova da procedência da suposta denúncia. No mesmo ano, o prefeito também tentou impedir o show de Caetano Veloso em uma ocupação do MST, onde mais de 6.000 famílias também foram perseguidas pelo prefeito.

Em 2018, a prefeitura impediu que acontecesse a "Festa de cinco anos da Batalha da Matrix" no Parque da Juventude, alegando que iria estipular uma taxa a ser paga pela utilização do espaço público, medida que foi respondida com uma forte manifestação até a casa do então Secretário de Cultura da cidade e reprimida pela GCM da gestão PSDB.

Foto: Cadu Bazilevski

Por esses anos a organização e público se mantiveram resistindo, ocupando semanalmente a praça, confiando na força da própria mobilização e sendo exemplo para todas as batalhas clandestinas e eventos culturais independentes de SBC mas também de todo país, impondo que se tenha acesso a cultura e lazer, organizando coletivos e juventudes em defesa da arte. A organização da Batalha faz um chamado público a se organizarem em luta onde dizem:

" Família, vocês precisam entender que agora, a gente precisa de FORÇA NA RUA. Porque eles já decidiram ir pelo caminho de criminalizar o nosso movimento, perseguindo organizadores individualmente. É inacreditável que uma Batalha de MCS seja vista com um olhar tão preconceituoso, tão racista e limitado. [...] "


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