Segundo relatório do Banco Central em 2020 foi registrada uma redução de lucros fruto da pandemia da COVID-19, mas já em 2021 os bancos batem recorde recuperando a baixa do ano anterior e passando a lucrar mais que anos antes da pandemia.
terça-feira 9 de agosto de 2022 | Edição do dia
Nesta terça- feira (9), saiu relatório do de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, feita pelo Banco Central (BC) com dados de rentabilidade dos bancos.
Em 2020 foi registrada uma redução de lucros fruto da pandemia da COVID-19, mas já em 2021 os bancos batem recorde recuperando a baixa do ano anterior e passando a lucrar mais que anos antes da pandemia.
Neste relatório o BC, apresenta dados sobre o retorno do patrimônio líquido do sistema bancário nacional que em 2020 alcançou 11,5% até dezembro, fruto dos efeitos da Pandemia e em 2021 fechou com 15,1%. No meio do ano passado já era notório que os bancos já haviam recuperado a rentabilidade anterior a Pandemia.
O aumento dessa rentabilidade dos bancos, cresceu junto aos crescimento do número de empréstimos bancários e da alta na taxa básica de juros do BC, que aumentaram na tentativa de conter as pressões inflacionária segundo o banco. A taxa Selic chegou a 2% ao no em janeiro de 2021, no ano anterior havia fechado em 9,25%.
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Ou seja, é fruto da miséria da população, com endividamento, inflação, carestia que os bancos lucram ainda mais, com a miséria da busca por sobreviver e se alimentar, pois os juros bancário médio para pessoa física registrou em 2021 a maior alta dos últimos 6 anos, chegando a marca de 33,9% ao ano, essa taxa não contabiliza setores habitacional, rural e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) .
Para os bancos lucro! Para os trabalhadores fome!
Neste relatório o BC, apresentou um lucro de R$133 Bilhões aos bancos, batendo um novo recorde no ano passado. Chegando ao maior número dos últimos 10 anos.
O BC alega que o crescimento da taxa de juros e a redução das despesas com provisões ( Recursos que ficar apartados para fazer frente a eventuais perdas), e os ganhos de eficiência são o que justificam o recorde de lucro.
Em nota o BC diz que: “ A rentabilidade do sistema deve se manter resiliente, mas os lucros tendem a crescer em ritmo mais lento. O cenário para 2022 é de atividade economia mais fraca, menor crescimento do crédito, normalização da inadimplência de custo de captação e operacional mais altos”.
Segurança e estabilidade financeira aos bancos
“ Testes de estresse de capital demonstram que o sistema bancário está preparado para enfrentar todos os choques macroeconômica simulados. O sistema financeiro nacional mantém provisões adequadas ao nível de perdas esperadas com crédito, e capitalização e liquidez confortáveis “, acrescentou.
Esse desempenho segundo o BC, está em linha de recuperação junto ao PIB( Produto Interno Bruto) que no último trimestre de 2021 chegou a atingir números maiores que anos anteriores a Pandemia.
E completam: “O sistema bancário mantém-se sólido e apto a sustentar e regular o funcionamento da economia”.
O que eles não dizem de forma clara é que enquanto a população amarga nas filas de fome, no caminhos de osso e de lixo os bancos e os capitalistas lucram com a miséria da população, com uma inflação altíssima que garante o lucro dos bancos e a insegurança alimentar e precarização aos trabalhadores e o povo pobre.
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O PIB é destinado a dívida pública, dívida ilegal e fraudulenta que é o principal mecanismo de espoliação do imperialismo ao país hoje. É necessário parar de pagar a dívida e garantir que esses livros estejam a serviço da população que sofre os efeitos da Pandemia que ao contrário dos bancos está com o salário cada vez mais curto, instabilidade financeira e dividas fruto dos empréstimos para garantir sobrevivência dos trabalhadores.
Bolsonaro é a cara da miséria aos trabalhadores e garantia de governança a burguesia e empresários, é preciso independência de classe para enfrentar os ataques do governos aos salários, reduzindo ainda mais o podre de compra das famílias para o ano que vem.
Colocar de pé uma luta para garantir que os custos da crise econômica, sejam pagas pelos capitalistas que a criaram, que esse s lucros que são sinônimos de exploração e miséria de população sejam derrubados e revertidos para as necessidades reais da maioria, essa luta precisa se dar de forma independente dos patrões e da direita. As centrais sindicais em especial a CUT e a CTB precisam romper imediatamente essa paralisia a favor do processo eleitoral e convocar um plano que se enfrente com os lucros capitalistas e combata a carestia e a fome.
