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BANCOS | Bancos aumentam lucros em 2018, mas Bolsonaro e Temer querem tirar é da previdência

Bancos seguem aumentando seus lucros enquanto recebem centenas de bilhões do orçamento federal via pagamento da ilegal dívida pública. Temer e Bolsonaro dizem que o estado não tem recursos e ameaçam novamente com Reforma da Previdência.

Francisco MarquesProfessor da rede estadual de Minas Gerais

quinta-feira 1º de novembro de 2018 | Edição do dia

Em plena crise econômica, os 5 maiores bancos do país lucraram juntos 54,1 bilhões nos primeiros 9 meses de 2018. Enquanto bancos e grandes empresas pagam baixos impostos e recebem bilhões do orçamento federal pelo pagamento da ilegal dívida pública, Temer e Bolsonaro dizem que o estado não tem recursos e ameaçam novamente com Reforma da Previdência.

O lucro líquido dos 4 maiores bancos do Brasil com ações na bolsa cresceu 17% no 2º trimestre, na comparação com a mesma etapa do ano passado, e somou R$ 16,88 bilhões.

O lucro consolidado de R$ 16,388 bilhões é também o segundo maior em termos nominais da série histórica da base de dados da Economatica, iniciada em 2006, atrás apenas do ganho de R$ 17,34 bilhões do 2º trimestre de 2015.

O bom resultado para os banqueiros repete 2017 quando os lucros dos 10 maiores bancos do país cresceram em média 20,2% em relação ao registrado em 2016, alcançando R$ 86 bilhões.

Todo ano o Brasil gasta do orçamento federal cerca de 1 trilhão de reais com o pagamento da ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública. O dinheiro que poderia ser investido em saúde, educação, geração de empregos e moradia é dado de bandeja a um punhado de banqueiros e especuladores, em sua maioria estrangeiros.

Além dos bancos outras grandes empresas também têm lucrado alto mesmo durante a crise, como Ambev, Telefônica/Vivo, Pão de Açúcar, Carrefour e Kroton. Além do pagamento da dívida pública serão 306 bilhões em renúncias fiscais do Estado dado às empresas.

Reforma da Previdência

Enquanto bancos e grandes empresas aumentam seus lucros, Temer e Bolsonaro querem que os trabalhadores e o povo pobre paguem pela crise, perdendo direitos da previdência e condenados a trabalharem até o fim da vida sem se aposentar.

Temer, que já foi derrotado uma vez ao tentar fazer a Reforma da Previdência, quando 50 milhões de trabalhadores fizeram uma greve geral em 2017, agora tem o apoio de Bolsonaro, recentemente eleito nas eleições mais manipuladas da história recente no Brasil. Com a direção de Paulo Guedes eles também querem privatizar tudo e demitir funcionários públicos. Mas a primeira prioridade já disseram que será a Reforma da Previdência.

Contra isso, é urgente que as centrais sindicais, especialmente a CUT e a CTB, rompam com o imobilismo e a trégua que vieram dando durante as eleições manipuladas e o avanço da extrema direita de Bolsonaro.

As centrais sindicais e os sindicatos que elas dirigem, bem como as entidades estudantis como a UNE e a UBES, devem convocar assembleias de base nos locais de trabalho e estudo e impulsionar a criação de comitês para organizar o combate à reforma da previdência e os ajustes de Bolsonaro, e preparar uma grande paralisação nacional combinada com mobilizações de rua em todo o país, lutando contra a Reforma da Previdência e por medidas que façam os capitalistas pagarem pela crise, como o não pagamento da dívida pública.




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