quinta-feira 10 de março de 2022 | Edição do dia
Um articulado do BRT do Rio de Janeiro parou de funcionar com uma pane no motor, e os usuários tiveram que esperar outro carro. O articulado quebrou na entrada do túnel no trajeto da Trans Olímpica.
Nas imagens podemos ver os usuários passando uma situação de sufoco, dentro de um túnel que é uma via expressa. Tiveram que esperar até que outro articulado chegasse para pegá-los e seguir viagem superlotado.
Essa situação de sufoco, vivida cotidianamente pelos usuários do BRT se dá em meio à fajuta "reestruturação" do modal. Eduardo Paes demitiu dezenas de funcionários que reivindicavam seus direitos, no processo de passagem das empresas privadas para o controle da MOBI Rio, empresa pública de transporte que ficou responsável pelo BRT.
Apesar de passar o BRT para controle de empresa pública, a responsabilidade da manutenção dos BRT segue sendo privada. E não é ninguém menos que o próprio "Rei" dos ônibus do Rio de Janeiro, a família de Jacob Barata, quem ficou responsável pela manutenção:
A Guanabara Diesel pertence ao grupo dos Barata e recebeu R$ 1 milhão e 690 mil da prefeitura do Rio para fornecer a manutenção dos BRT para deixar os usuários na mão. Já fica claro que a "reestruturação" do BRT de Paes não passa de uma fajuta desculpa para destinar recursos da prefeitura à máfia dos transportes, que lucra com o transporte caro e de péssima qualidade fornecido aos trabalhadores do Rio de Janeiro.
