GREVE DOS AEROVIÁRIOS | Aviões no chão, trabalhadores em greve

O mais importante a se destacar deste importante processo é a disposição de ir a luta que os trabalhadores da aviação têm demonstrado apesar das empresas terem colocado em prática uma ofensiva de assédio moral e um plano de contingencia que, como já prevíamos, teve a clara intenção de atacar o direito legitimo de greve dos trabalhadores. Não foram poucos trabalhadores, principalmente aeroviários, relatando ameaças vindas diretas de gerentes e supervisores para intimidar os que queriam ir a luta mas não podiam se arriscar já que em vários pontos dos aeroportos não foram garantidos os piquetes por parte dos sindicatos.

Em momentos como esses, onde a patronal usa de intimidação para impedir que o trabalhador exerça seu direito de greve, os sindicatos tem que se colocar na linha de frente como instrumento de defesa, não expondo ou isolando os trabalhadores à própria sorte. Para os próximos dias, organizar piquetes nas entradas alternativas dos aeroportos é dever fundamental dos sindicatos dos aeroviários – que possuem características distintas dos aeronautas também na questão de apresentação ao trabalho – consultando diretamente os trabalhadores onde estão os pontos chave para construir piquetes garantindo assim maior adesão à greve.

Querem desmobilizar e desmoralizar os trabalhadores que se colocam em luta por um salário digno e a garantia de nenhuma demissão frente a crise econômica que o país vive.

Garantir os piquetes e a democracia de base dos trabalhadores é fundamental para fazer uma greve forte e derrotar a patronal que anseia por descarregar a crise nas costas dos aeroviários.