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RIO DE JANEIRO | Aval de Witzel ameaça a vida de crianças em plena pandemia do coronavírus

Num cenário em que o negacionismo de Bolsonaro e seus ataques aplaudidos, que acabam sendo aplaudidos pelos governadores estaduais que fazem demagogia com quarentena às cegas e promessas não cumpridas de testagem da população, a crise sanitária afeta a vida de nossas crianças.

sexta-feira 3 de abril de 2020 | Edição do dia

A capital do Rio de Janeiro já possui registro de 12 crianças de até 9 anos infectadas com coronavírus. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a média de idade é de 1,3 anos, ou seja, a maioria são bebês. Metade dos registros são na Barra da Tijuca.

8 jovens e adolescentes, de 10 a 19 anos, já foram diagnosticados com o Covid-19. A média de idade deles é de 14,4 anos e são moradores da Barra da Tijuca, Ipanema, Lagoa, Jardim Botânico e Gávea.

Infectologistas dizem, como pode ser visto em matéria do jornal O Globo: "Como elas estão em casa, é um ótimo momento de ensiná-las a ter bons hábitos de higiene. Mostrar como lavar as mãos , tocar a boca e olhos e colocar o sapato na porta, por exemplo. Ensinar bons hábitos que irão salvar vidas e fazer elas serem adultos mais conscientes da prevenção".

O caso é que o município do Rio atingiu ontem, quinta (2), 807 casos confirmados de coronavírus. O estado de conjunto bateu 992 vítimas, sendo 41 mortes. E a imprensa burguesa diz que só agora é que estão começando a aparecer as notificações nas comunidades (por exemplo a Zona Sul continua sendo a região com mais casos absolutos).

Em um cenário que se fortalece as subnotificações, "bons hábitos de higiene" e quarentena às cegas são insuficientes. A população brasileira é assolada com milhões sem acesso a água e sem banheiro. Nossas crianças não podem pagar por isso.

Witzel, governador do RJ, faz demagogia dizendo que nesta cerca de 700 mil kits de testagem rápida deveria chegar ao estado. Mas #CadeOsTestes para que nossas crianças não morram pelas mãos da miséria do capitalismo imposta por seus empresários e governantes?

Se por um lado, Bolsonaro ataca os trabalhadores com a MP da Morte 2.0 e nega a quarentena, por outro lado (mas do mesmo lado dos empresários) os governadores estaduais defendem a insuficiente medida de quarentena às cegas cuja prioridade é acontecer em base ao aumento da repressão. Somente a testagem massiva da população pode traçar uma rota para saber onde o vírus está.

Aumento dos leitos, de contratações de profissionais da saúde, centralização dos sistemas público e privado de saúde só podem vir das mãos da classe trabalhadora exigindo essas medidas do Estado brasileiro e seus governantes. Assim como que os recursos do país sejam voltados para isso, e não para os bolsos de banqueiros e empresários. É necessária a revogação do Teto de Gastos, a taxação das grandes fortunas e o não pagamento da dívida pública. Esse é um verdadeiro plano emergencial para os trabalhadores, o povo pobre e nossas crianças para salvar vidas.




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