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AUMENTO DO CUSTO DE VIDA | Inflação de agosto cai perante o índice de julho, mas é o maior para o mês em 11 anos

O IPCA do mês de agosto sobe em 0,43% e apesar da queda frente aos 0,59% de aumento de julho, é o maior índice para o mês desde 2004.

sábado 22 de agosto de 2015 | 00:00

Nesta sexta-feira (21), o IBGE liberou a prévia da inflação para o mês de agosto que fecha em 0,43%. Em relação ao mês de agosto é o maior índice desde 2004, quando foi registrado um aumento de 0,79%. Contudo, a alta da inflação continua, e para o acumulado de 12 meses imediatamente anteriores já chega à 9,57% de aumento dos preços, que apenas não supera o índice observado em 2003 (9,86%).

Entre os itens da cesta de produtos de consumo que contribuíram para o aumento da inflação, está o aumento da conta de energia elétrica (2,60%) e outros serviços básicos como taxa de água e esgoto (1,39%), serviços de mão de obra para pequenos reparos (0,82%), do condomínio (0,72%) e do aluguel residencial (0,39%).

Além disso, o grupo de alimentos e bebidas contribuiu para o aumento do índice. Apesar da queda de alguns produtos, como a batata inglesa (-9,51%), tomate (-6,67%), feijão-preto (-4,30%) e, entre outros, o óleo de soja (1,14%), o grupo representa aumento de 0,45%. Principalmente, ao grande aumento de outros produtos como o leite longa vida (3,05%) e as carnes (0,87%), produtos que afetam uma cadeia de outros produtos e que tem grande peso na cesta básica das famílias, em especial, às mais pobres de grandes centros urbanos onde o custo de vida está ficando mais alto a cada mês.

Diante disso, percebemos grande impacto do aumento de preços nos setores de habitação e alimentação, no aumento da inflação. A questão é que são justamente esses dois setores que mais atingem a população no geral, uma vez que esses são os setores que mais tem participação nos gastos familiares dos trabalhadores.

As previsões do governo e de agências burguesas são de continuidade do aumento do índice de inflação, ainda mais diante das previsões de desvalorização do real até o fim do ano, e a continuidade da recessão econômica e dos ajustes aplicados por Joaquim Levy e Dilma.




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