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CONTRA O IMPEACHMENT | Atos em defesa do governo Dilma reúnem cerca de 100 mil em todo o país

Os atos reuniram alguns milhares em cada capital e em algumas cidades importantes.

quinta-feira 17 de dezembro de 2015 | 00:01

Hoje, 16/12, houve atos em quase todas as capitais do país. Os atos reuniram alguns milhares em cada capital e em algumas cidades importantes.

O maior ato foi o de São Paulo, com 55 mil segundo o Datafolha, 70 mil segundo o MTST e 100 mil segundo a CUT.

CUT, CTB, MST, MTST e UNE eram as entidades com maior peso no ato. Setores do PSOL, ligados principalmente a maioria do partido, a Intersindical e Unidade Socialista também participaram do ato, além de figuras centrais do partido terem convocado o ato em SP em redes sociais, como Luciana Genro, Jean Wyllis, Ivan Valente, entre outros.

A mobilização foi essencialmente dos aparatos sindicais, estudantis e dos movimentos populares, além de um setor minoritário de velha guarda petista do funcionalismo público. Se destacava a pouca presença de juventude.

Os eixos formais da convocatória dos atos foram:contra o Impeachment, pelo Fora Cunha e pela mudança da política econômica do governo. Mas o que prevaleceu nos atos, sem sombra de dúvida, foram as bandeiras com o nome e o rosto de Dilma, e os adesivos e faixas de "Fica Dilma". O caráter de defesa do governo das manifestações foi indiscutível.

Em comparação às manifestações de Agosto deste ano, as manifestações pró-impeachment diminuíram significativamente, enquanto as manifestações em defesa do governo mantiveram o tamanho, o que significa um fortalecimento relativo do governismo, expresso no fato de que em São Paulo hoje reuniram mais gente do que o ato pelo impeachment reuniu no último dia 13, mas sem conseguir gerar mais atratividade. Ao mesmo tempo, os atos de hoje se colocaram muito mais abertamente em defesa do governo, e críticas ao ajuste fiscal ficaram ainda mais apagadas do que em Agosto.

Marcelo Pablito, diretor do Sintusp e militante do MRT, disse ao Esquerda Diário: "O caráter marcadamente governista e de defesa de Dilma das manifestações mostra o erro de participar destes atos. O pouco que se falou da luta contra os ajustes foi uma formalidade. Com certeza, o governo federal está hoje comemorando os atos e de nenhuma maneira preocupado com as manifestações, pois sabe que são totalmente inofensivas e não fazem parte de nenhum plano de luta contra os ajustes, buscando na verdade oxigenar o PT por trás da "luta contra o golpe". O governo e o PT estão fazendo uma operação para impedir que surja um terceiro campo independente tanto da direita quanto do governo. Este campo precisa ser construído na luta de classes concreta contra os ajustes. É um absurdo o peso de aparato que todas estas centrais e movimento colocam para defender Dilma, enquanto não fazem sequer uma manifestação contra as demissões que estão correndo soltas pelo país, nem contra alguma medida concreta dos ajustes que o governo Dilma vem aprovando. Essa a tarefa que temos pela frente, batalhar por uma política que não fique do lado do impeachment, nem do "Fica Dilma", mas também que não que entre no engano das eleições gerais. Para nós, uma resposta mais de fundo é exigida para essa situação, começando por questionar essa democracia degradada e convocando uma Assembléia Constituinte imposta pela força da mobilização independente dos trabalhadores".




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