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CRISE IMIGRATÓRIA | Ato pelos refugiados da África e Oriente Médio reúne dezenas ativistas

No dia 25 de setembro, sob iniciativa do professor da USP Osvaldo Coggiola, centenas de pessoas se reuniram no auditório Nicolau Sevcenko num ato- debate em prol dos milhares de refugiados da África e o do Oriente Médio. Tal ato se dá no momento em que milhares de sírios cruzam mar e terra para fugir da guerra civil que assola o país.

terça-feira 29 de setembro de 2015 | 00:19

Estiveram presentes políticos, como o atual secretário municipal de direitos humanos, Eduardo Suplicy,o jornalista José Arbex Jr., representantes de refugiados sírios, da comunidade angolana, da USIH (União Social dos Imigrantes Haitianos), representantes da CSP-Conlutas, e Marcello Pablito pelo SINTUSP, entre outros intelectuais, militantes e artistas.

A crise migratória causou comoção após a divulgação da foto do menino Aylan, morto ao tentar chegar na Europa, junto com sua família. Um importante debate colocado no ato foi discutir os termos imigrantes e refugiados, para aqueles que compuseram a mesa, é preciso falar em refugiados pois neste momento foge-se da guerra e do genocídio principalmente. Duras críticas à União Europeia e à classe dominante, que estimula a xenofobia e lucra com a exploração dos imigrantes e refugiados foram feitos por quase todos da mesa.

O haitiano Fedo, membro da USIH , fez uma comovente fala sobre a condição de seu povo após o terremoto, a vinda ao Brasil e as dificuldades aqui enfrentadas, o racismo, a precarização do trabalho e da vida. Lembrou, com orgulho, que o Haiti foi o primeiro país a se libertar do jugo colonialista pelas mãos de negros e negras ao mesmo tempo que aboliu a escravidão, mas por anos foi e ainda é explorado por nações imperialistas.

Marcello Pablito, diretor do Sintusp e da secretaria de negros e negras, enfatizou a necessidade de denunciar as tropas brasileiras no Haiti, a Minustah, que diariamente oprimem a população e estupram as mulheres e crianças. Fez coro com os que defendem que também o governo brasileiro abrigue os refugiados e mais, que dê condições dignas de moradia, vida e trabalho para aqueles que fogem da guerra e da miséria de seus país.

Soraya Misleh, do movimento Palestina Livre, coordenou a mesa e lembrou da Palestina, sua pátria-mãe, dos milhares de refugiados, como seu pai, sujeitos a exploração e os que lá ficaram, sujeitos ao genocídio promovido pelo Estado de Israel. Lembrou da necessidade de lutar por uma Palestina livre, laica e socialista.

O Ato Público reforçou a necessidade de lutarmos por um mundo sem fronteiras, onde todos encontrem abrigo e condições plenas de desenvolvimento, felicidade e segurança. Por isso a necessidade de unir forças para exigir dos governos que abriguem refugiados do mundo todo e ao mesmo tempo combater toda a exploração e opressão do mundo em que vivemos.




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