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CRISE NA UERJ | Ato pelo direito a creche na UERJ: "o que nós estamos fazendo aqui não é só pela gente, é por todo mundo"

terça-feira 26 de maio de 2015 | 04:21

Em meio à paralisação e mobilização os estudantes da UERJ realizaram nesta segunda-feira um ato pelo direito à creche na universidade. O ato começou com uma concentração no 12º andar do campus Maracanã. A convocatória construída pelos estudantes nas bases de vários cursos, aprovada em assembleia em alguns deles como Serviço Social e Psicologia, reuniu mais de 200 estudantes e muitas mães com seus filhos. O ato desceu os 12 andares do campus convidando os outros e outras estudantes a se unir ao ato.

Com palavras de ordem como "Pra estudar e trabalhar, eu quero creche, creche, já" e "O Reitor não se iluda, mãe também estuda" os estudantes chegaram até a porta da Reitoria que estava desnecessariamente protegida por mais de 10 seguranças. Lorena, estudante de História denunciou a covardia do Reitor de se esconder trás de tantos seguranças frente à uma exigência democrática feita pelas mães/estudantes da universidade, no meio de processo de mobilizações com mais de 10 cursos parados na universidade.

Cristine, mãe e estudante do primeiro período da pedagogia da UERJ, disse que a universidade não da nenhuma estrutura, e que a própria universidade lida com o problema como se fosse um problema exclusivamente da mulher por ter engravidado, e afirmou que tal como a universidade é também um problema de toda a sociedade e que "o que nós estamos fazendo aqui não é só pela gente, é por todo mundo, é pelas pessoas que vão vir ainda e a gente está lutando pelas pessoas que já vieram".

Carolina Cacau, estudante do Serviço Social UERJ e militante da Juventude Às Ruas e do grupo de mulheres Pão e Rosas afirmou que "esse é o segundo ato que a gente fez defendendo o direito à creche" e colocou a necessidade de transformar o direito à creche, pauta que geralmente é defendida e reivindicada só pelas mulheres, numa luta que todo o movimento estudantil assuma nesta mobilização, para que todas as mulheres tenham direito a estudar. Também declarou que "a gente está colocando como bandeira também que o direito à creche seja para todas as estudantes, para todas as professoras, funcionários e terceirizadas e que seja aberta a comunidade, para que a universidade esteja à serviço da classe trabalhadora e à comunidade do entorno".

No final do ato, as mães e os organizadores do evento ofereceram o "lanchinho" para as crianças. Depois os estudantes se reuniram e discutiram os próximos passos da luta contra a precarização da universidade e o calendário de mobilização numa reunião dos cursos parados com mais de 100 estudantes.




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