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DIREITA X ESQUERDA | Ato da direita do Parcão é bem menor do que atos das ocupações contra a PEC 55 de Porto Alegre

Qualquer um que participasse dos dois atos percebe facilmente a desproporção entre os atos da direita do Parcão e os atos contra a PEC 55 e os ataques do Temer. Reunimos cerca de 20 mil pessoas no último ato do dia 25 de Novembro, mais 20 mil no penúltimo ato do dia 11. O ato de hoje do Parcão reuniu cerca de 2 mil pessoas.

domingo 4 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Não bastasse a desproporção numérica dos atos, o conteúdo é radicalmente distinto também. O ato do dia 25 contra a PEC 55 incluía em suas pautas também a luta contra o pacotão de demissões e privatizações do Sartori. Na linha de frente do ato, um bloco de mulheres estudantes e trabalhadoras. Ao longo da passeata, se via cartazes em defesa da saúde e educação públicas, contra a violência policial. Estudantes secundaristas, universitários, mulheres, negros, LGBT’s, trabalhadores de distintas categorias, essa era composição social do ato que percorreu as ruas do centro da cidade, com panfletagens dialogando com a população, e caminhou em direção à Cidade Baixa.

Ou seja, foi um ato vivo que expressou os distintos setores da sociedade e que colocou como eixo a defesa dos interesses dos trabalhadores e da juventude, em oposição aos ataques que o governo Temer, o Senado, o Congresso e o STF estão aplicando contra a maioria em benefício dos bancos e grandes empresários.

Do outro lado da cidade, no Moinhos de Vento, a larga maioria de senhores e senhoras brancas e brancos de classe média empunhavam as bandeiras verde e amarelo em defesa da Lava-Jato e de Sergio Moro. Também se viam alguns cartazes absurdos e propagando o ódio, contra o comunismo e a legalização do aborto. Pouquíssimos jovens estavam presentes.

Houve também a defesa de neoliberais, como Margaret Thatcher e Ludwig Von Mises. A primeira ficou reconhecida internacionalmente por ser linha de frente da aplicação do neoliberalismo na Inglaterra, política que devastou os direitos dos trabalhadores, atacou greves de operários e enriqueceram um punhado de tubarões multimilionários.

O palavreado contra a corrupção desses setores de direita é demagógico e hipócrita. A Lava-Jato, à imagem e semelhança da operação Mãos Limpas italiana, não visa combater a corrupção, e sim reorganizar o questionado regime político para aplicar com mais força os ajustes que as elites nacionais tanto necessitam. A privatização de grandes estatais, em especial da Petrobrás, é um dos objetivos da Lava-Jato, sob os olhos das grandes petroleiras norte-americanas. Como o próprio Wikileaks já comprovou, Sergio Moro foi treinado pelo departamento de estado norte-america, justamente com o intuito de avançar os interesses estrangeiros dentro do Brasil.

Nós do Esquerda Diário e da Faísca - Anticapitalista e Revolucionária, viemos defendendo a necessidade de se lutar contra os ataques do Temer, do congresso de corruptos e golpistas e do STF de maneira independente do PT. Sabemos que as intenções do petismo não são lutar contra o ajuste, uma vez que Dilma já estava aplicando-o, e sim desgastar Temer visando os objetivos eleitorais de 2018 com Lula. Depositamos nossa força para combater essa direita reacionária e golpista, mas de maneira independente do PT que cujo projeto de conciliação de classes vem se mostrando cada vez mais fracassado.

Veja mais fotos dos dois atos:

Ato contra a PEC 55 e o pacotão do Sartori

Ato contra a PEC 55 e o pacotão do Sartori

Ato contra a PEC 55 e o pacotão do Sartori

Ato contra a PEC 55 e o pacotão do Sartori

Ato contra a PEC 55 e o pacotão do Sartori

Ato da direita do Parcão

Ato da direita do Parcão

Ato da direita do Parcão

Ato da direita do Parcão




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