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Luta indígena | Atlas da violência aponta aumento de 21,6% em assassinatos de indígenas

O mapa da violência revela que entre 2018 e 2019 dobrou os assassinatos de indígenas. Os crimes ocorrem especialmente em cidades em que existem terras indígenas, são 20,4 indígenas assassinados a cada 100 mil. Em municípios sem terras indígenas são 7,7 assassinados por 100 mil por ano.

terça-feira 31 de agosto de 2021 | Edição do dia

2074 indígenas foram assassinados entre 2009 e 2019, enquanto os dados gerais do Brasil apresentaram diminuição nos registros de assassinatos de 27,2 para 21,7 mortes por 100 mil habitantes, as mortes violentas de indígenas subiram de 15 para 18,3 por 100 mil indígenas. Só em 2019 foram 113 assassinatos e 20 homicídios culposos, porém o Atlas explica que esse número pode ser ainda maior porque aumentou em 35% as mortes violentas de indígenas por causa indeterminada naquele ano.

Segundo Ailton Krenak da etnia Crenaque “os povos originários ainda estão presentes neste mundo não é porque foram excluídos, mas porque escaparam”. Os indígenas são perseguidos historicamente pelos latifundiários, grileiros e pelo garimpo ilegal no Brasil. O avanço do agronegócio sobre as terras indígenas é política que se intensificou no governo Bolsonaro mas sempre foi uma política do estado brasileiro que não foi combatido nos governos do PT.

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Nesse momento o STF planeja retomar o julgamento da tese do marco temporal que defende que só serão aceitas as demarcações de terras indígenas aos povos que comprovarem que ocupam a terra desde antes da constituição de 1988. Essa tese não considera as etnias que foram expulsas de suas terras depois de 1988. Mais de 10 mil indígenas seguem acampados em Brasília para lutar contra essa tese absurda que tem como plano de fundo a expulsão dos povos originários de suas terras para o avanço do agronegócio.

O Esquerda Diário está lado a lado dos indígenas no acampamento gritando marco temporal não! Chamamos todas as organizações e partidos de esquerda para fortalecer a luta indígena que ao lado dos trabalhadores numa greve geral podem derrubar Bolsonaro, Mourão e os ataques à nossa classe. Se o capitalismo destrói a natureza, destruamos o capitalismo!

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