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TERCEIRIZAÇÃO | Atento registrou faturamento bilionário em 2019 à custa da precarização dos trabalhadores

Empresa de telemarketing denunciada por não liberar funcionários terceirizados registrou faturamento de cerca de R$ 3 bilhões em 2019, um aumento de 2,1% em relação ao ano anterior. Mas essa cifra só é alcançada a partir da exploração do trabalho cada vez mais precarizado dos atendentes de telemarketing.

sexta-feira 20 de março de 2020 | Edição do dia

Segundo relatório divulgado em seu próprio site, a empresa Atento, uma das maiores no ramo de telemarketing, seu faturamento anual em 2019 foi de U$ 827 milhões, o que convertido para o real no valor do câmbio do final de 2019, cerca de R$ 4, chega a uma cifra superior a R$ 3 bilhões, e como o próprio relatório ressalta “a Atento prevê baixo crescimento de receita de um dígito em 2020”. No entanto esse crescimento se dá em grande parte devido a sobre exploração e precarização dos trabalhadores da empresa.

Segundo a plataforma Indeed, o salário de um atendente de call center na Atento pode variar de R$ 823 a R$ 2.145, dependendo de fatores diversos como carga horária e tipo de plataforma atendida. Isso significa que um trabalhador na Atento recebe em salário ao longo de um ano algo entre R$ 10 mil a R$ 25 mil por ano, o que dá algo em torno de 0,0003% ou 0,0008% do faturamento da empresa. Além disso, estão sujeitos a todo tipo de pressão por produtividade, e relatam fadiga, estresse e até assédio moral no trabalho. Tudo isso para aumentar a lucratividade da empresa para os investidores no mercado financeiro.

Diante da crise da pandemia do coronavírus, a empresa se recusou a liberar os funcionários terceirizados e a tomar qualquer medida de mitigação da pandemia no ambiente de trabalho. Nós do esquerda diário nos colocamos ao lado dos trabalhadores, que reivindicam mudanças na escala de trabalho, material de prevenção ao contágio e liberação dos funcionários idosos.

Exigimos a liberação imediata dos funcionários dos serviços não emergenciais com garantia de pagamento dos salários, proibição de demissão. Nossas vidas vale mais do que os lucros deles.




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