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INTERVENÇÃO FEDERAL | Assassinos de crianças: Intervenção Federal usa escolas como base de operações

quinta-feira 18 de outubro de 2018 | Edição do dia

Foto: Escola municipal Brandão Monteiro, Penha -Arthur Lucena/Valores Penha

Em matéria publicada na Folha de São Paulo, foi exposto o cotidiano das famílias dos trabalhadores nas favelas do Rio de Janeiro durante a intervenção federal: risco de vida para os seus filhos.

Segunda a matéria, na região da Penha, Alemão e Maré, o exército está usando como base de operação as escolas dos filhos dos moradores da região. Foi o caso da escola municipal Brandão Monteiro em agosto quando serviu de base para a operação que contou com 4.200 homens do exército e 70 policiais civis; e da Arena Carioca Dicró, centro cultura da prefeitura regido pela ONG Observatório das Favelas, ocupada por 600 homens durante operação na Penha. Os militares ainda teriam usado por dois dias os banheiros da escola Professora Vera Saback Sampaio durante operação.

No levantamento, os dados são de que em 100 dias, foram 7 dias o total do tempo em que toda a rede municipal de escolas funcionou normalmente. 46% das escolas e creches tiveram pelo menos um disparo ou tiroteio num raio de 300m durante este período. Quando tem operação na Maré, por exemplo, 15 mil crianças podem ficar sem aula. Esse é o nível do estrago no cotidiano destas famílias.

Além disso, estas operações são responsáveis diretamente pelas mortes de Marcos Vinicius e muitas outras crianças vítimas dos disparos. Quando há intervenção, os militares invadem as casas dos moradores, e colocam a sua vida em risco. Além das operações de "vingança" que mostram o ódio e o racismo da polícia assassina contra os pobres, são inúmeros os relatos de operações que circulam pelas redes acusando o exército e a polícia de favorecer milicianos em determinadas invasões.

Enquanto isso, os verdadeiros criminosos tem salvo conduto da Polícia Federal, que por exemplo liberou Zezé Perrela, dono do helicóptero que foi encontrado com meia tonelada de pasta base de cocaína, entre inúmeros outros casos. A guerra às drogas só favorece estes políticos que lucram com a proibição da venda, fazendo seu produto ser mais caro e sem controle, além de permitir a venda de armas para as facções e a relação corrupta entre os agentes públicos e as facções criminosas, além do controle e repressão do povo através da criminalização da pobreza. É preciso lutar contra a intervenção federal, pela solução do assassinato de Marielle que denunciava estes esquemas, e pela legalização de todas as drogas para acabar com o narcotráfico.




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