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SANTIAGO MALDONADO | Argentina: esquerda insistirá no Congresso pela prorrogação da lei de terras

sexta-feira 8 de setembro de 2017 | Edição do dia

A deputada federal Nathalia González Seligra (PTS/Frente de Esquerda) apresentou na Câmera um projeto que modifica e propõe prorrogar a lei 26.160 que declarou em 2006 a “emergência em matéria de possessão e propriedade das terras”.

A referente docente do Suteba – La Matanza (Sindicato Unificado de Trabalhadores da Educação de Buenos Aires, traduzido para o português) também apresentou um pedido de informes ao Poder Executivo nacional, em que se interpela ao governo de Cambiemos sobre o preocupante estado de desocupação das comunidades originárias.

A respeito disso, González Seligra afirmou que “como viemos denunciando com meus companheiros Nicolás del Caño e Myriam Bregman, os empresários como Benetton e Lewis e as grandes multinacionais petroleiras, mineiras e de soja, estão esperando que essa lei caduque para avançar sobre o direito das comunidades a suas terras. Isso é o que explica a brutal repressão da Polícia Militar à comunidade Pu Lof em Resistência de Cushamen, que culminou com o desaparecimento forçado de Santiago Maldonado, ou a instalação dessa força em Campo Maripe, localizada na zona mais rentável de Vaca Morta”. “Fica claro que se preparam para garantir o único interesse que defende esse governo, que é a concentração de terra em mãos estrangeiras, a exploração dos recursos naturais e a destruição do meio-ambiente por parte desses grupos”, disse.

Além disso, a deputada da FIT afirmou que “repudiamos a vergonhosa negativa do Senado a dar tratamento urgente à prorrogação dessa lei”, e sustentou que “é um sinal gravíssimo, tanto por parte do oficialismo, como dos senadores do PJ-FPV que se abstiveram na votação. É evidente que suas prioridades não são as mesmas que as das comunidades que enfrentam desocupação, criminalização, repressão e até desaparecimento forçado de pessoas. Vamos insistir com o tratamento desses projetos na Câmara de Deputados, ao mesmo tempo em que iremos nos manter na mais ampla mobilização, para seguir rodeando de solidariedade essa luta e para impor nas ruas esses direitos elementares”.

Veja o documento apresentado por Natália Seligra pela Frente de Esquerda à Câmara dos Deputados




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