quarta-feira 24 de janeiro de 2018 | Edição do dia
Myriam Bregman, legisladora da cidade de Buenos Aires pelo PTS (Partido de los Trabajadores Socialistas) pela FIT (Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, tradução em português) é uma das advogadas de maior respeito nas causas populares na Argentina, estando à frente do caso de Jorge Julio Lopez, desaparecido político, da luta dos trabalhadores da transnacional Pepsico e de uma série de causas populares e dos trabalhadores. Myriam também esteve à frente de todo o movimento pelos direitos das mulheres que teve nas mobilizações massivas do Ni una menos (Nenhuma menos) grande expressão, assim como o forte movimento de direitos humanos que existe por lá, de memória e punição aos militares da ditadura que executaram e desapareceram com 30 mil pessoas. Conheça mais visitando sua página.
Diante das acusações de corrupção ao ex presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, Myriam Bregman afirmou que "se a sentença de primeira instância fosse ratificada estaríamos diante da continuidade do golpe institucional que primeiro destituiu a Dilma Rousseff e agora quer evitar que os trabalhadores e o povo do Brasil decidam em quem podem votar ou não. É completamente antidemocrático que três juízes em quem ninguém votou tomem essa decisão. E dizemos isso como parte da esquerda opositora a Lula e seu partido, que tem responsabilidade política em todo o desenvolvimento dos acontecimentos, começando por ter governado com a direita e os latifundiários. Se for aplicado o critério com o que hoje querem proibir a candidatura de Lula contra o resto dos políticos brasileiros, praticamente nenhum poderia ser candidato. Defendemos o direito de Lula ser candidato a presidente mesmo que não o apoiemos politicamente e que digamos com claridade que não é uma alternativa para derrotar aos golpistas e sua política anti-operária e anti-popular. Denunciamos também que o governo de Macri foi o primeiro em reconhecer ao golpista do Temer, que não tem feito outra coisa que tomar medidas contrárias aos interesses populares desde que está no governo".